A Comissão Europeia já lançou a nova edição do European Innovation Scoreboard, com dados relativos ao progresso feito pelos Estados-Membros em 2019. O recém-publicado documento demonstra que o nível de desempenho dos países continua a melhorar, porém Bruxelas sublinha que é necessário mais empenho para não “perder terreno” a nível de competitividade e para acompanhar países como a Coreia do Sul, o Japão e a Austrália, que lideram na inovação.

A análise mostra que há uma tendência positiva na maioria dos países da UE, com o nível de desempenho em inovação a registar um aumento de 8,9% desde 2012. Ao longo dos últimos 8 anos, os países onde se verificou uma maior subida foram Portugal, Grécia, Lituânia, Malta e Letónia.

European Innovation Scoreboard 2020
créditos: Comissão Europeia

A Suécia lidera o índice, seguida pela Finlândia, Dinamarca e Holanda. No que toca a mudanças, Luxemburgo, outrora enquadrado nos “inovadores fortes”, passou para a categoria dos “líderes”. Já Portugal, que tinha alcançado o patamar dos “moderados” subiu no ranking para a categoria de países com um forte nível de inovação, embora ainda esteja abaixo da média da UE.

A mais recente edição do Painel Europeu da Inovação é marcada pela saída do Reino Unido da EU. Contudo, a Comissão Europeia afirma que o acontecimento teve um pequeno impacto na média de desempenho geral.

European Innovation Scoreboard 2020
créditos: Comissão Europeia

Tendo em conta as diferentes áreas de inovação, a Comissão explica que a Suécia é líder nos recursos humanos, o Luxemburgo nos sistemas de investigação e a Dinamarca nas finanças e em inovações mais “amigas” do ambiente. Já Portugal lidera no que respeita à inovação nas Pequenas e Médias empresas, a Áustria em matéria de colaboração e a Irlanda nas condições de emprego.

Comparação do desempenho euroreu em relação a outros países do mundo
créditos: Comissão Europeia

Em comparação com outros territórios internacionais, a UE conseguiu superar pela segunda vez consecutiva o nível de desempenho dos Estados Unidos, estando também à frente da China, Brasil, Rússia, África do Sul e Índia. No entanto, Bruxelas alerta para o fosso de inovação entre a UE e a Coreia do Sul, Austrália e Japão que tem vindo a aumentar desde 2012. Ao longo dos últimos 8 anos, a China tem vindo a apresentar o maior nível de crescimento entre os países concorrentes da UE.