A confusão centra-se mesmo no tipo de conceito, já que os inquiridos foram convidados e escolher definições para carros conectados e autónomos. Apesar dos termos serem cada vez mais utilizados, com testes a decorrer em vários países europeus e legislação a ser preparada para permitir a utilização de veículos autónomos, a sua aplicação prática é ainda desconhecida da maioria das pessoas. No estudo realizado pela Avis Budget, há também diferenças significativas entre países e nos grupos etários.
No inquérito era pedido que as pessoas selecionassem a definição correta do ‘carro conectado’. Mais de metade (54%) escolheram corretamente a definição, selecionando ‘um carro conectado à Internet que pode falar com outros dispositivos’, enquanto 17% não tinham certeza ou simplesmente não entendiam o termo. Uma em cada dez pessoas (13%) entendeu incorretamente que se tratava de um carro conectado a uma fonte de energia, enquanto 7% acreditavam que fosse um carro fisicamente ligado a outro.
Em relação ao conceito de “veículo autónomo”, mais de metade (56%) dos entrevistados identificaram corretamente o termo como sendo ‘um carro que se conduz por si mesmo’, mas quase uma em cada cinco pessoas (17%) considerou ser um carro dirigido por um ‘Droid de Inteligência Artificial’, 7% acreditam que se trata de um carro que deve ser estacionado no seu próprio estacionamento ou afastado do trânsito.
Em termos de países, há grande diferenças entre a compreensão dos dois conceitos de mobilidade. Os entrevistados em França apresentaram uma maior compreensão da definição correta de um carro conectado (72%), seguida pela Itália (71%) e por Portugal (68%). Em contraste, a Noruega registou o menor nível de compreensão com apenas 35%, ligeiramente atrás da Dinamarca e do Reino Unido (37%).
Já relativamente à definição de um veículo autónomo, a Alemanha é o país que apresentou um maior conhecimento em relação a este conceito (69%), seguida pela Áustria e pela Suíça (68%). No caso português, 53% dos entrevistados escolheram a definição correta, mas ainda assim um número considerável dos inquiridos (34%) pensou que se tratasse de um carro dirigido por um ‘Droid de Inteligência Artificial’.
Apesar da familiaridade com os conceitos demonstrada em Portugal, o estudo indica também que não há ainda grande interesse na sua aplicação prática. 53% dos inquiridos em Portugal referem que não preferiam ter um carro autónomo em relação àquele que atualmente possuem.
No inquérito a segurança e a responsabilidade foram consideradas questões-chave em torno dos conceitos de veículos autónomos. Seis em cada dez entrevistados (60%) afirmaram que não se sentiriam seguros se todos os carros na estrada fossem autónomos, enquanto a grande maioria considera que, para andar num carro autónomo, as pessoas deveriam estar sóbrias (86%), terem idade legal para conduzir (87%) e possuírem uma carta de condução (87%).
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