Sonaecom fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízos de 8,1 milhões de euros, número que compara com os 2,9 milhões de euros de lucro obtidos no mesmo período do ano passado. O volume de negócios fixou-se nos 726,9 milhões de euros, num crescimento de 12,8 por cento face ao período homólogo.

No final de Setembro a Sonaecom tinha um pouco mais de 3 milhões de clientes no negócio móvel, embora destes só 2,3 milhões tenham gerado receita nos trinta dias anteriores ao fecho dos resultados. No negócio fixo a empresa acumulava 644 mil clientes, 476 mil dos quais directos. Face ao mesmo período do ano passado, os dados indicam que os clientes fixos em acesso directo aumentaram cerca de 10 por cento. Aumento idêntico àquele que a empresa registou no número de clientes móveis. No terceiro trimestre do ano a Optimus conseguiu adicionar à base de clientes 76,2 mil novos subscritores.

O negócio móvel gerou maias de metade da receita do grupo, sendo responsável 468,6 milhões de euros do volume de negócios no período, mas o maior crescimento foi para os activos na área dos sistemas de informação, onde o volume de negócios aumentou 60 por cento para os 87 milhões de euros. A Sonaecom justifica o crescimento com a venda de serviços e de equipamentos.

Na mensagem que inicia o comunicado de resultados, Ângelo Paupério admite que o cenário macro-económico tem vindo a deteriorar-se e acrescenta isso a enorme competitividade do mercado, como factores com impacto no negócio. A nível do sector o presidente do grupo sublinha os impactos negativos "da descida das receitas de roaming e dos adiamentos na introdução do novo programa de tarifas de terminação móvel que apenas produziu efeitos a partir de 23 de Agosto, ao contrário da data de 15 de Julho previamente anunciada".

Ainda assim, o responsável adianta que "embora não vejamos sinais de melhoria no ambiente competitivo, nem antecipemos melhorias no enquadramento económico, acreditamos que vamos conseguir atingir o EBITDA objectivo, anunciado à data da divulgação dos nossos resultados do primeiro trimestre".

Na comunicação Paupério também sublinha o arranque no período do projecto de fibra da Sonaecom e o atingir das metas traçadas para a fase piloto, enquanto lamenta o facto da Anacom ter indicado que "o quadro regulatório para a exploração das Redes de Nova Geração (NGNs) em Portugal só será anunciado em finais de 2009".

Vários analistas citados pelos principais jornais económicos indicam que os resultados de Sonaecom saíram, ainda assim, acima das previsões.

De sublinhar que no terceiro trimestre as receitas do grupo aumentaram 8,9 por cento para os 251,3 milhões de euros. Os resultados líquidos caíram 46,1 por cento para os 4,1 milhões de euros.