O Findster é o mais recente projeto português a passar com distinção em campanhas de financiamento colaborativo. O sistema de geolocalização desenvolvido por antigos estudantes da Universidade de Aveiro conseguiu reunir 66 mil dólares, cerca de 49 mil euros, no Indiegogo.



“O balanço da campanha é extremamento positivo, conseguimos chegar a 46 países e as pessoas decidiram investir mesmo sabendo que não teriam já o produto. Queremos agradecer às pessoas que apostaram no Findster”, disse um dos cofundadores do projeto, David Barroso, a propósito do desempenho da campanha.



O objetivo inicial estava fixado nos 50 mil dólares e foi alcançado no início de julho. Nos dias seguintes a equipa conseguiu mais 16 mil dólares de financiamento que vão permitir desenvolver uma aplicação Web do Findster.

Como explicou o porta-voz do projeto em conversa com o TeK, a escolha dos novos objetivos do projeto foi feita com recurso a uma votação entre os financiadores. A equipa do Findster estava a receber bastantes mensagens de apoio e com novas ideias para o projeto, tendo optado por consultar os apoiantes para saber qual o rumo que o produto devia seguir. A disponibilização de uma Web app foi a opção mais requisitada e fica assegurada desde já assegurada.



A campanha de financiamento no Indiegogo pode ter terminado, mas o financiamento do projeto em si ainda agora começou. Isto porque o Findster despertou a atenção de vários investidores e fundos de investimento, em Portugal e no estrangeiro. As propostas estão agora a ser discutidas e avaliadas, mas David Barroso escusou-se a adiantar nomes dos interessados.



O responsável pelo projeto explicou que com o sucesso da campanha além do desenvolvimento mais rápido do produto, ficou também provado num teste de mercado que o Findster é viável. As primeiras unidades começam a ser enviadas aos apoiantes em abril do próximo ano e quando chegar ao mercado, David Barroso estima que o Findster venha a custar 125 dólares, o equivalente a 92 euros.



A definição do preço em dólares é resultado do grande interesse internacional que o produto gerou. Os EUA foram o país com mais investidores, com 218 contribuições das 718 totais. Portugal contribuiu com 77 apoiantes, como revelou o porta-voz da empresa ao TeK.



Por agora o primeiro objetivo passa por fazer evoluir o Findster de um produto para uma empresa, como adiantou David Barroso.

Nota de redação: Foi feita uma alteração no último parágrafo do texto



Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico