Depois do lançamento em 2016, tornando-se uma sensação ao colocar miúdos e graúdos a dar passeios pelo parque para apanhar monstrinhos, Pokémon GO continuou a ser alimentado com conteúdos pela Niantic (inicialmente a conta-gotas), mas o seu mediatismo foi diminuindo. Mas isso não significou um abrandamento de receitas, mesmo que o estúdio tenha lançado, entretanto a mesma fórmula em Harry Potter: Wizards Unite.

Apesar das quebras de jogadores ativos, e respetiva receita em 2017, o jogo voltou a ganhar tração com as novidades que foram sendo introduzidas e em 2019 o jogo bateu o recorde nos ganhos, superando mesmo o boom do seu lamento em 2016.

Segundo dados da Sensortower, no ano do seu lançamento Pokémon GO, os jogadores gastaram cerca de 832 milhões de dólares em microtransações. No ano seguinte esse número viria a quebrar em 29%, para 589 milhões de dólares de faturação. Essa quebra aconteceu pela falta de novidades realmente interessantes para manter os jogadores focados na caça dos monstrinhos, algo que a Niantic viria a corrigir em 2018, levando a uma nova procura. Nesse ano o jogo cresceria 38% e quase que alcançou os números originais, ficando-se pelos 816 milhões de dólares.

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Mas 2019 fechou como o melhor ano para o jogo, com um crescimento de 10% face ao período anterior, obtendo 894 milhões de dólares em gastos dos jogadores. De notar a introdução de novas gerações de Pokémons, raids e claro, a essência de toda a série: a troca e batalhas de pokémons entre os jogadores, entre outras afinações importantes. Em termos de mercados, a maior parte da receita foi gerada nos Estados Unidos, com 335 milhões de dólares, correspondendo a 38% das compras. O Japão foi o segundo país onde os jogadores mais gastaram, 282 milhões, equivalente a 32%. E por fim, o terceiro país onde o jogo teve maior sucesso foi na Alemanha, com 54 milhões e 6% do total.

Desdobradas as contas por plataforma, ainda que houvesse um equilíbrio, a versão Android obteve 54% da faturação, ou seja 482 milhões, enquanto que na versão iOS gastou-se 412 milhões de dólares, 46% do total. Só em 2019, o jogo foi instalado 55 milhões de vezes, e considerando que os Estados Unidos contabilizou com 10 milhões, o pódio ficou completo com o Brasil em segundo com mais de 5 milhões e a Índia com mais de 3 milhões de instalações.

Pelas contas da especialista, os jogadores já terão gasto um total perto de 3,1 mil milhões de dólares no jogo. Segundo a SensorTower, Pokémon GO é o jogo baseado em geolocalização mais bem-sucedido de sempre. Em termos comparativos, para os 894 milhões de dólares faturados em 2019, o segundo jogo que mais ganhou foi Dragon Quest Walk, com 201 milhões, seguindo-se Let’s Hunt Monsters com 60 milhões. Curiosamente, os quatro jogos seguintes baseiam-se em licenças de peso, mas ficam aquém dos números, entre eles Jurassic Park Alive, Harry Potter: Wizards Unite, The Walking Dead: Our World e Ghostbusters World.

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E para 2020 a Niantic pretende manter o pé no acelerador no que diz respeito a novidades para Pokémon GO. A Niantic já anunciou uma nova funcionalidade designada por GO Battle League, que vai permitir aos jogadores competirem online com qualquer pessoa, independentemente do lugar no mundo em que se encontra.