O que nos reserva o futuro em termos de emprego? O que é que as crianças que hoje têm 10 anos vão estar a fazer quando tiverem 25? Que empregos desaparecerão e quais serão criados e por quê? Que género de competências vão ser valiosas para o futuro do mercado de trabalho? Que novas formas de trabalho estão a emergir?
As perguntas servem de ponto de partida para o relatório “The changing nature of work and skills in the digital age”, que o Joint Research Centre, da Comissão Europeia, apresentou recentemente. Os resultados levam Bruxelas a assumir que as novas tecnologias vão, de facto, redefinir milhões de postos de trabalho. Num contexto deste género, as competências digitais e transversais serão cada vez mais necessárias para conseguir novas oportunidades de emprego.
Espera-se que os perfis mudem substancialmente através da adição de novas tarefas ou modificação das existentes, exigindo que os colaboradores se adaptem a novos métodos de trabalho, organização e ferramentas de trabalho.
Assistente virtual, influenciador, especialista em SEO, engenheiro de automóveis sem condutor, produtor de podcasts ou operador de drones são exemplos de empregos que não existiam há 10 anos
Parece ser já um dado adquirido que milhões de empregos na União Europeia serão afetados pela automação, especialmente aqueles que exigem níveis relativamente baixos de educação formal, aqueles que não envolvem interação social complexa e aqueles que envolvem tarefas manuais rotineiras.
De acordo com o relatório, os empregos que mais deverão crescer na UE até 2030 são aqueles que exigem estudos universitários, uso intensivo de competências sociais e interpretativas e, pelo menos, conhecimentos básicos de TIC.
Os empregos que exigem uma combinação de competências digitais e não cognitivas (como comunicação, planeamento, trabalho em equipa) provavelmente terão maior procura no futuro.
O hub de ciência do Executivo europeu refere que este tipo de emprego já está a crescer em número na UE, oferecendo frequentemente oportunidades de carreira mais bem remuneradas, face às restantes. No entanto, a falta de competências digitais continua a ser acentuada, existindo o risco de aumentar em muitos países, avisa. Cerca de 40% da força de trabalho não tem ou quase não tem competências digitais, enquanto o número de graduados em TIC fica abaixo das necessidades em muitos Estados-membros.
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