O TikTok publicou um desmentido no Twitter, de reação a uma notícia publicada pela Forbes. Na notícia publicada esta quinta-feira, a Forbes alega ter tido acesso a documentos que provam a intenção das equipas de autoria da ByteDance, casa-mãe do TikTok na China, de usarem dados de localização obtidos através da aplicação para controlar os movimentos de alguns americanos. Sugere-se que neste grupo podem estar políticos, figuras públicas, ativistas e jornalistas.
A rede social garante que nunca fez tal coisa e também nega a existência de planos nesse sentido. Explica que o trabalho das suas equipas de auditoria é desenvolvido dentro da lei e as investigações periódicas que leva a cabo têm o propósito de identificar más condutas entre os seus colaboradores e não outros.
“A nossa equipa de Auditoria Interna segue políticas e processos definidos para adquirir as informações de que necessita para conduzir investigações internas de violações dos códigos de conduta das suas empresas, como é norma nas companhias do nosso sector”, refere a declaração. A empresa assegura mesmo que qualquer utilização destes recursos da forma sugerida pela Forbes, pelas suas equipas internas, seria motivo para despedimento imediato.
Nos documentos consultados, a Forbes identificou pelo menos dois casos em que o departamento planeava usar estes recursos de investigação, para recolher informação de localização de norte-americanos que não eram funcionários atuais nem antigos do TikTok. A publicação também reconhece no entanto que, pela informação consultada, não conseguiu perceber se os dados foram efetivamente recolhidos, mas não ficou com dúvidas de que a intenção pelo menos existiu.
O TikTok tinha sido confrontado com a informação a que a Forbes teve acesso, para poder reagir, e garante que a publicação escolheu não usar dados relevantes partilhados nessa reação para desmontar as acusações que lhe são feitas.
“A Forbes optou por não incluir a parte da nossa declaração que contestava a viabilidade da sua alegação principal: o TikTok não recolhe informações precisas de localização GPS dos utilizadores dos EUA, o que significa que o TikTok não poderia monitorizar os utilizadores dos EUA da forma sugerida no artigo”, refere a nota no Twitter.
No artigo da Forbes cita-se uma porta-voz do TikTok a explicar que os dados de localização recolhidos pela app só dão informação aproximada, a partir do endereço IP dos utilizadores, e essa informação apenas é usada para adequar conteúdo publicitário.
O departamento de auditoria interna e controlo de risco da ByteDance, destaca a Forbes, é liderado por Song Ye, um executivo da empresa que reporta diretamente ao CEO Rubo Liang. Tem investigado não apenas funcionários atuais da companhia, como pessoas que já saíram da empresa, a pedido de vários gestores de topo do grupo, segundo dados do documento consultado.
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