No início da semana, a Worldcoin avançou para uma nova fase, com o lançamento da sua criptomoeda. No entanto, o projeto de Sam Altman, CEO da OpenAI, Alex Blania e Max Novendstern, também tem vindo a gerar polémica, e, na França, a autoridade responsável pela proteção de dados (CNIL) levanta novas questões. 

Em resposta a questões colocadas pela Reuters, a autoridade indica que a legalidade da recolha de dados biométricos por parte da Worldcoin aparenta ser “questionável”. A CNIL defende também que o mesmo se aplica às condições de armazenamento da informação recolhida. 

A autoridade francesa deu também a conhecer que já foi iniciada uma investigação às práticas da empresa. A investigação, que está a ser realizada na Alemanha, por autoridades no Estado da Bavaria, com o apoio da CNIL. 

Esta semana, a entidade reguladora da proteção de dados no Reino Unido também revelou que abriu uma investigação ao projeto da Worldcoin, avança a agência noticiosa.

Worldcoin: projeto do CEO da OpenAI avança para nova fase com lançamento de uma criptomoeda
Worldcoin: projeto do CEO da OpenAI avança para nova fase com lançamento de uma criptomoeda
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Recentemente, a Worldcoin anunciou que contava já com 2 milhões de subscritores do seu sistema de identidade digital World ID. A par da criptomoeda WLD e da World App, o protocolo de identidade World ID afirma-se como um dos "pilares" do projeto e baseia-se criptografia zero-knowledge.

Segundo a empresa, o protocolo, que permitirá aos utilizadores comprovar que são, de facto, seres humanos online, suportará  vários métodos de verificação. Atualmente, o suporte está limitado à verificação através do número de telefone e à leitura da íris num Orb, um dos leitores próprios desenvolvidos pela empresa. 

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Além do lançamento do token WLD para todos os utilizadores que participaram na fase Beta, a empresa lança uma nova versão da World App, que se apresenta como uma carteira compatível com o protocolo desenvolvido e que dá aos utilizadores a possibilidade de reservarem a sua parte da criptomoeda

Expandir operações para mais de 35 cidades em 20 países em todo o mundo é outro dos objetivos da Worldcoin. "Por enquanto, esses serviços estarão disponíveis por um tempo limitado nas seguintes cidades: Dubai, Hong Kong, Londres, Los Angeles, Cidade do México, Miami, Nova Iorque, Paris, São Francisco, São Paulo, Seul, Singapura e Tóquio", detalhou a empresa.

Recorde-se que a Worldcoin chegou a Portugal há quase um ano e, ao todo, afirma contar com mais de 160 mil inscrições no país. No início de julho, a empresa anunciou que a Talent Protocol seria a primeira empresa portuguesa a integrar o World ID.