No total, o número de assinantes de serviços de televisão paga atingiu os 3,67 milhões em 2016, sendo as ligações por rede de cabo ainda dominantes. Mas são as assinaturas suportadas em fibra óptica que têm impulsionado o crescimento, com mais 28,6% de assinantes em 2016, o que corresponde a mais 235 mil assinantes.

As receitas com os serviços de televisão paga, em modelo stand alone ou em pacote de serviços, atingiram os 1,8 mil milhões de euros, num crescimento de 8,5% face a 2015. Recorde-se que os preços têm vindo a crescer e voltaram a aumentar em 2017.

O Grupo NOS lidera em quota de assinantes, com cerca de 43,5%, seguindo-se a MEO com 38,9%, a Vodafone com 12,8% e a Nowo com 4,7%. Segundo dados da Anacom a Vodafone foi o único prestador a aumentar a sua quota de assinantes, crescendo 2,3%, uma tendência já identificada nos trimestres ao longo do ano.

As ligações em fibra chegam agora a 28,8% dos assinantes de serviços de televisão paga, mais 5,5% face a 2015, mas o primeiro lugar ainda pertence aos acessos por cabo, com 36,7% de penetração mas mantendo o número de assinantes face a 2015.

Em queda estão as ligações xDSL (das quais o ADSL é a mais conhecida), que caiu 9,5% para os 678 mil assinantes. Ainda assim mantém-se em terceiro lugar entre as opções dos consumidores portugueses, à frente da DTH (as ligações por satélite) que também regista perda de assinantes.

Segundo a Anacom, a taxa de crescimento do número de assinantes em 2016 foi idêntica à média dos últimos cinco anos, sendo que a larga maioria (90,4%) recorrem a serviços de TV integrados num pacote que inclui internet, telefone fixo e ou móvel. 

No final de 2016 90 em cada 100 famílias clássicas dispunha de um serviço de TV paga, o que deixa uma margem muito pequena para a Televisão Digital Terrestre. 

O regulador de mercado das comunicações refere ainda que, em termos de oferta de programação, quase 80% dos assinantes destes serviços dispõe de mais de 80 canais, e que 15,3% têm acesso a canais premium, um número que baixou face a 2015. 

A Anacom recorre a números do Barómetro de Telecomunicações da Marktest para indicar que 4,1% dos indivíduos com 10 ou mais anos tinham subscrito serviços de vídeo streaming on demand (Netflix, Fox Play ou NPlay).