“Já recebemos pedidos [de roaming] e estamos obviamente em conversações”, afirmou a presidente executiva da Altice Portugal, que assumiu funções no início deste mês, na conferência de imprensa de lançamento do MEO Care.
“Há um processo que está a decorrer, por motivos óbvios, não posso detalhar esse processo”, acrescentou, recordando que os acordos de roaming faz parte do regulamento do leilão do 5G. “Creio que brevemente haverá mais desenvolvimentos”, concluiu a gestora sobre o tema.
Os novos entrantes no mercado podem beneficiar de roaming nacional no acesso às redes dos operadores já instalados, independentemente da qualidade de espectro que adquiram, de acordo com as condições do leilão.
O 5G “é uma tecnologia que pode ser disruptiva e pode aumentar a competitividade das empresas portuguesas”, afirmou Ana Figueiredo.
Mais do que o tema da velocidade do 5G, “o da latência vai ser fundamental para algumas indústrias, para a criação de uma efetiva indústria 4.0, para revolucionar também o setor da saúde ou também na capacidade que a tecnologia traz” em conectar vários dispositivos, salientou a CEO.
“A necessidade das empresas de utilizarem essa tecnologia vai ser também progressiva” na medida em que “têm de adequar as suas plataformas os seus equipamentos” ao 5G.
“O que estamos a possibilitar ao mercado português, seja ao consumidor final, seja às empresas e ao tecido empresarial português, é uma ferramenta com vantagem competitiva”, sublinhou Ana Figueiredo.
Já João Epifânio, Chief Sales Officer B2C da Altice Portugal, salientou que desde janeiro deste ano, altura em que foi lançado o serviço 5G da Altice Portugal, “mais de 80%” do portefólio de equipamentos da operadora são 5G.
“Pela primeira vez na nossa história lançámos uma tecnologia nova já com umas centenas de milhares de clientes com equipamentos 5G” e o que “temos vindo a registar é uma evolução crescente”, salientou.
João Epifânio recordou que a empresa investiu “largas centenas de milhões de euros” na aquisição de espectro 5G e que agora seguem-se os investimentos no desenvolvimento da rede. “Temos obrigações de cobertura muitíssimo exigentes a realizar nos próximos anos e, naturalmente, temos a expectativa de monetizar” todo esse investimento, acrescentou.
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