À medida que o 5G avança na Europa, o leilão continua em Portugal e a fase principal avançou para o 133º dia. Hoje, nas 12 rondas de licitação, as propostas dos operadores totalizaram 337,11 milhões de euros, um valor que corresponde a uma subida de 674 mil euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão resulta agora num encaixe potencial de 421,461 milhões de euros.
Os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom permitem constatar mudanças apenas na categoria J da faixa dos 3,6 GHz, onde hoje se registam subidas de 1% em relação às propostas de 10 dos lotes, assim como apenas uma de 2%.
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Nesta faixa nativa do 5G, a vasta maioria dos lotes da categoria J registam uma valorização superior a 350% face ao preço de reserva. Além disso, dois lotes, o J11 e o J15, contam já com uma valorização de 361 e 363%, respetivamente.
Recorde-se que, até agora, a faixa dos 2,1 GHz que foi a que mais valorizou ao longo do processo, com uma subida de valor de mais de 400% em relação ao preço de reserva. Por outro lado, as faixas dos 700 MHz e dos 900 MHz não “mexem” desde o início da fase principal do leilão e na primeira faixa há ainda um lote ainda sem qualquer oferta.
5G: Portugal e Lituânia ainda na "cauda" da Europa
De acordo com o mais recente relatório do Observatório Europeu para o 5G, Portugal e a Lituânia eram os dois países da União Europeia (UE) sem serviços de quinta geração no final de junho. "No final de junho de 2021, 25 países da UE-27 desfrutavam de serviços 5G", refere o relatório.
Atualmente, Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, Dinamarca, Estónia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, República Checa, Roménia e Suécia são os países da UE que já lançaram serviços comerciais de redes móveis de quinta geração.
O Observatório refere que "em muitos países há mais do que um fornecedor de serviço 5G". Países como a Dinamarca, França, Itália, Espanha e Suécia contam com quatro fornecedores. Já Áustria, Bulgária e República Checa, Finlândia, Alemanha, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Polónia e Roménia contam com três.
O documento destaca também que "novos lançamentos de serviços comerciais ocorreram durante o segundo trimestre de 2021, com a Orange Slovakia e Melita a tornar-se em maio" deste ano "a primeira rede 5G nacional de Malta".
Em Portugal, o leilão do 5G já ultrapassou os seis meses de duração, considerando a fase principal, que começou a 14 de janeiro, e a reservada a novos entrantes: uma extensão épica que ultrapassa qualquer outro procedimento para obtenção de licenças de operação de telecomunicações tanto no próprio país como na Europa, onde o máximo tinha sido registado na Alemanha.
Com a fase principal a prolongar-se para lá do esperado, mesmo com a implementação de novas medidas por parte da Anacom, tudo aponta para que o fim do leilão ainda esteja longe e o governo começa a demonstrar alguma “impaciência” em relação à duração do processo.
Sem apontar uma crítica direta aos seus intervenientes, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, deixou a crítica no Parlamento de que o leilão 5G já está a decorrer há demasiado tempo. “Preferíamos mil vezes que o leilão terminasse já do que ter receita maior”, referiu o ministro durante a sua intervenção, caindo numa contradição em relação ao que tinha afirmado anteriormente.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h43)
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