O leilão do 5G continua e a fase principal, que definirá a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, entrou hoje no seu 52º dia.
As melhores propostas das operadoras alcançaram hoje os 266,77 milhões de euros. O valor representa uma subida de 1,087 milhões de euros face ao dia anterior. A soma das duas fases do leilão resulta já valor superior a 351milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões.
Através dos dados disponibilizados pela Anacom é possível verificar que o interesse se centrou hoje na faixa dos 3,6 GHz, mantendo a tendência dos últimos dias. Aqui há subidas nas propostas relativas a 29 dos 40 lotes disponíveis, cujo valor já ultrapassa os 112 milhões de euros, superando largamente os valores de reserva que estavam fixados nos 45,7 milhões.
Na faixa dos 3,6 GHz contata-se uma dinâmica de crescimento que leva a aumentos a rondar no máximo os 179% face ao preço de reserva, como é o caso do lote J21.
Ao longo da fase principal, a faixa dos 2,1 GHz que foi o que mais valorizou, apresentando uma subida de preço de mais de 400% em relação ao valor de reserva. Os dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz também valorizaram mais de 200%.
As faixas dos 700 MHz e dos 900 MHz são as únicas onde há mudanças desde o início da fase principal do leilão. Na faixa que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT ainda há um lote ainda sem qualquer oferta.
Tendo em conta o prolongamento do leilão, o lançamento de serviços comerciais de 5G ainda no primeiro trimestre de 2021, tal como estava previsto no calendário da Anacom, torna-se cada vez mais improvável. No entanto, as operadoras têm vindo a confirmar que estão prontas para o começo da comercialização de serviços 5G e até já começaram as suas campanhas. Recorde-se que a NOS revelou ainda nesta semana que tem em pré-venda aquele que diz ser o primeiro hotspot 5G em Portugal.
Do lado do governo, Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e Habitação, afirmou numa recente audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, estar "muito contente com o decurso do leilão" do 5G e disse esperar que "continuem a aumentar as licitações".
Já o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Santos Mendes, aproveitou a intervenção para fazer esclarecimento. "Convencionámos chamar isto o leilão 5G, mas na verdade o leilão não se esgota na tecnologia 5G, é verdade que ele decorre de uma estratégia de desenvolvimento da quinta geração de comunicações móveis em Portugal".
"Quando olhamos para as obrigações de cobertura", existem metas de cobertura, apontou, relembrando que, até ao final de 2023, há a meta de cobertura de 75% da população em cada uma das freguesias consideradas de baixa densidade e de cada uma das freguesias das regiões autónomas; e "até ao final de 2024 cobertura de 70% da população de cada uma das freguesias que não são consideradas baixa densidade, mas que integram municípios com freguesias de baixa densidade".
A temática do 5G e dos seus riscos tem vindo a ser amplamente discutida no contexto da Europa e hoje Estados-membros da União Europeia chegaram a um acordo sobre os termos da Toobox de Conetividade a ser utilizada para controlar as melhores práticas consideradas mais eficientes para desenvolver redes de alta capacidade, incluindo as de quinta geração.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h28)
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