Num processo ainda sem um fim aparente à vista e que já superou largamente a duração da fase reservada aos novos entrantes, a fase principal do leilão do 5G avançou hoje para o 42º dia.

Nas já habituais seis rondas, as licitações alcançaram hoje os 257,15 milhões de euros, numa subida de 729 mil euros em relação ao dia anterior. A soma de ambas as fases do leilão resulta num valor que ultrapassa os 341 milhões de euros, superando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões.

Seguindo a tendência dos últimos dias, o interesse das operadoras focou-se exclusivamente na faixa dos 3,6 GHz, onde hoje já subidas nas ofertas relativas a 16 dos 40 lotes disponíveis. É possível verificar uma dinâmica de crescimento das propostas que leva a aumentos a rondar no máximo os 162% face ao preço de reserva.

A longa travessia do deserto no leilão do 5G. Fase principal dura há 40 dias e pode garantir encaixe de mais 100 milhões de euros
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Na faixa dos 2,6GHz, o terceiro dos lotes disponíveis apresentou no no 36º dia licitações a ultrapassar os 5,2 milhões de euros, num crescimento 75% face ao valor de reserva de espectro. Recorde-se que os restantes lotes desta faixa já tinham registado um crescimento de mais de 200% em relação ao preço de reserva.

A faixa dos 2,1 GHz é que mais aumentou de preço durante o leilão e registou uma subida de 400% em relação ao valor do primeiro dia de licitações. No terceiro dia, o valor do lote E1 passou para 10,4 milhões, subindo depois para 10,6 milhões, um valor que se mantém até hoje.

O preço de licitação da faixa dos 700 MHz continua nos 19,2 milhões de euros, com um dos lotes a não receber ofertas desde o início da fase principal do leilão. Os quatro lotes da faixa dos 900 MHz também não apresentam qualquer mudança em relação ao preço de reserva de 6 milhões de euros.

Segundo o regulamento, o leilão só chega ao fim quando já não existirem novas licitações. Ainda antes do lançamento dos serviços comerciais, a Anacom terá de fixar o valor final e fazer a consignação e a atribuição das licenças. Porém, a demora no processo vai tornar impossível cumprir o calendário proposto pela entidade reguladora.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h46)

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