A fase principal do leilão do 5G, onde participam operadoras como a MEO, a NOS e a Vodafone, avançou hoje para o 41º dia, num processo que já superou largamente a duração da fase reservada aos novos entrantes.

Nas seis rondas de hoje as licitações alcançaram os 256,42 milhões de euros, um valor que representa uma subida de 78 mil euros em relação ao dia anterior. As licitações de ambas as fases do leilão somam já um valor superior a 340 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões.

Observando os dados disponibilizados pela Anacom é possível notar que as únicas mudanças voltam a centrar-se na faixa dos 3,6 GHz. Aqui verificam-se subidas nas propostas relativas a 16 dos 40 lotes disponíveis. É possível constatar uma dinâmica de crescimento das ofertas das operadoras que leva a aumentos a rondar no máximo os 162% em relação ao preço de reserva, como é o caso do lote J20.

Fora de mudanças, recorde-se o terceiro dos lotes da faixa dos 2,6GHz registou no 36º dia propostas a ultrapassar os 5,2 milhões de euros, num crescimento 75% face ao valor de reserva de espectro. Os lotes F1 e F2, tinham já registado um crescimento de mais de 200% em relação ao preço de reserva.

A faixa dos 2,1 GHz é que mais aumentou de preço durante o leilão, sendo vista como essencial para garantir uma maior capacidade de cobertura e uma atualização rápida da rede de 4G, além de ser estratégica num cenário futuro caso seja "recondicionada" para a quinta geração móvel.

O lote registou uma subida de 400% em relação ao valor do primeiro dia de licitações, depois de começar logo a valer mais 1,409 milhões de euros do que os 2 milhões definidos na reserva de espectro. No terceiro dia passou a 10,4 milhões, subindo para 10,6 milhões, um valor que se mantém desde 22 de janeiro.

Na faixa dos 700 MHz, o preço de licitação continua nos 19,2 milhões de euros e um dos lotes não recebeu ofertas desde o início da fase principal do leilão. De modo semelhante, os quatro lotes da faixa dos 900 MHz não registam alteração em relação ao preço de reserva de 6 milhões de euros.

De acordo com o regulamento, o leilão chegará ao fim quando já não existirem novas licitações. Ainda antes do lançamento dos serviços comerciais, a Anacom terá de fixar o valor final e fazer a consignação e a atribuição das licenças. A demora no processo vai tornar impossível cumprir o calendário proposto pela entidade reguladora que previa a chegada de serviços comerciais 5G no primeiro trimestre de 2021.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h54)