As ligações de banda larga fixa atingiram no final de junho de 2023 as 4,5 milhões, com mais 146 mil acessos do que os registados no primeiro semestre do ano anterior. Os números são da ANACOM que indica que 92,2 em cada 100 famílias tem acessos de banda larga fixa, onde a fibra e o DOCSIS 3.x são dominantes.
Segundo os dados divulgados,65% do total de acessos estão suportados em fibra ótica (FTTH -Fiber to the home) e esta é a tecnologia que mais cresce, aumentando em 232 mil acessos, mais 8,5%, nos últimos 12 meses.
Em sentido contrário está a tecnologia de redes de TV por cabo, com uma quebra de 1% mas ainda com peso importante, de mais de um quarto das ligações. O número de casas que usam acessos fixos suportados em redes móveis também está a cair, assim como o ADSL que caiu 29,8% devido à substituição por acessos de tecnologias mais recentes.
A MEO é a operadora que continua a liderar nesta área, com 41% do mercado e é a operadora que consegue mais clientes novos, enquanto a NOS tem 33,9%, a Vodafone 21,8% e a NOWO 2,8%. A ANACOM indica que numa comparação ano a ano só a Vodafone e a MEO cresceram, com a NOS e a NOWO a cair ligeiramente.
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A liderança mantém-se nos acessos residenciais, onde a MEO tem 39,3% do mercado, seguida da NOS com 36,1%, a Vodafone com 21% e a NOWO com 3,2%.
Velocidade de acesso acima dos 100 Mbps em 89,7% das ligações
A larga maioria das ligações tem velocidade de acesso ultrarápida, o que significa que está acima de 100 Mbps de download. Face ao ano passado é um crescimento de 2,3 pontos percentuais e a ANACOM lembra que em julho de 2022 Portugal era o quarto país da União Europeia (UE) com maior proporção de acessos com velocidades de download iguais ou superiores a 100 Mbps.
"O aumento da proporção de acessos de banda larga ultrarrápida ocorreu em simultâneo com o desenvolvimento das redes da FTTH e da introdução do DOCSIS 3.x nas redes de TV por cabo. Estes dois tipos de redes foram responsáveis por 70% e 29% dos acessos com pelo menos 100 Mbps, respetivamente", refere o regulador do mercado.
Também o tráfego de dados nas redes está a crescer e aumentou 16,9% em comparação com os primeiros seis meses de 2022, mantendo a tendência de sucessivos máximos históricos. O tráfego médio mensal por acesso foi de 272 GB, mais 13% do que no semestre homólogo, o que não é indiferente ao crescente consumo de vídeo e de streaming pelos utilizadores.
O regulador indica ainda que, no que respeita a quotas de tráfego de banda larga fixa, no primeiro semestre de 2023 a MEO atingiu os 42,4%, seguindo-se o Grupo NOS com 30,1% e a Vodafone com 24,0%. Também aqui há um crescimento da MEO, enquanto a NOS manteve as quotas e a Vodafone e NOWO perderam espaço.
Nota da Redação: a notícia foi atualizada com mais informação, última atualização 12h39
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