O Governo britânico estabeleceu como meta acelerar as ligações de banda larga rurais aos 2 Mbps até 2012, mas uma coligação formada por várias entidades reclama já melhores serviços e mais velocidade, alegando que as comunidades rurais têm sido desfavorecidas nos planos de infra-estruturas digitais.

O movimento não centra as suas reivindicações apenas nos serviços de banda larga mas pretende também alojamento mais barato, criação de empregos locais e investimento nas escolas.

O príncipe Carlos é um dos activistas da Rural Coalition e na semana passada escreveu num artigo de opinião que vários serviços essenciais estavam a ser deixados de fora da Internet de banda larga, o que ameaçava o desenvolvimento das comunidades rurais, em risco de se tornarem "vilas fantasmas".

A coligação estima que pelo menos dois milhões de pessoas em zonas rurais têm velocidades abaixo de 2 Mbps e que pelo menos 166 mil estão em zonas "negras", onde nem sequer é garantido acesso em banda larga.

As pequenas empresas são também uma preocupação, sendo indicado que mais de 100 mil PMEs não conseguem ter uma ligação de banda larga.

Um relatório do regulador das comunicações britânico, a Ofcom, referia em Julho que as ligações nas zonas rurais têm velocidades cerca de um terço mais baixas do que as zonas urbanas. Enquanto a média de velocidade numa zona urbana se situava nos 4,6 megabits por segundo, mas zonas rurais a média apurada era de 3,3 Mbps, um número que contraria o avançado pela Coligação rural.