A entidade reguladora avança que as comunicações eletrónicas foram as mais reclamadas com 62,3 mil queixas, correspondendo a 60% do total de reclamações. O valor representa uma diminuição de 11% face ao período homólogo.

No que respeita às comunicações eletrónicas, "a NOS foi o prestador que registou mais reclamações em termos absolutos (37%) e continua a ser o prestador com mais reclamações por mil clientes (7,7 reclamações por mil clientes)", afirma a ANACOM em comunicado.

Segue-se a Vodafone, cujas reclamações correspondem a 34% do total, com uma taxa de reclamações de 5,8 por mil clientes. A MEO foi responsável por 26% do total de queixas e, segundo o regulador, "apresenta a menor taxa de reclamação, 3,2 reclamações por mil clientes".

ANACOM | Reclamações nas comunicações | 2024
ANACOM | Reclamações nas comunicações | 2024 créditos: Anacom

A ANACOM nota que, em 2024, todas as operadoras de maiores dimensões viram as suas reclamações diminuir em comparação com 2023. A MEO foi a que registou a maior diminuição, com menos 18%. Segue-se a Vodafone (menos 13%) e a NOS (menos 3%).

Com a entrada da DIGI no mercado no final do ano passado, a operadora de origem romena também passou a fazer parte das contas. Segundo a entidade reguladora, a DIGI "alcançou quase 1% das reclamações do sector (0,9%), sendo responsável por 0,5 mil reclamações recebidas".

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No caso da DIGI, as queixas relacionam-se sobretudo com a "demora na portabilidade de número móvel, a demora ou ligação inicial deficiente de serviços fixos e a dificuldade no acesso e funcionamento das linhas telefónicas", avança a ANACOM.

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A faturação de serviços afirma-se como o assunto mais reclamado, contando com 18 mil queixas. O regulador detalha que a Vodafone foi responsável por 38% das reclamações relacionadas com os valores faturados

A contratação de serviços foi o segundo assunto mais reclamado. De acordo com a ANACOM, a NOS foi responsável por 39% destas reclamações. Seguem-se as reclamações acerca de falhas nos serviços e do cancelamento do serviço, "assuntos nos quais também dominaram as queixas contra a NOS (responsável por 38% e 43% destas reclamações, respetivamente)", indica a entidade reguladora.

Se as queixas sobre comunicações eletrónicas registaram uma descida em 2024, as reclamações acerca de serviços postais aumentaram 12%, para 41,8 mil reclamações, perfazendo 40% do total do sector. Os CTT foram o operador mais reclamado, com 33,7 mil queixas, numa subida de 10% em comparação com 2023 e representando cerca de 81% do total.

A ANACOM indica que a falta de tentativa de entrega no domicílio continua a ser o motivo mais mencionado nas queixas sobre serviços postais, correspondendo a 21% do total de reclamações do sector. O atraso na entrega de correio normal nacional está entre os motivos de queixa que mais aumentaram face a 2023.

Lisboa, Setúbal e Faro são os distritos que registam as maiores taxas de reclamação sobre serviços de comunicações, afirma a entidade reguladora. Os distritos registaram mais de 100 reclamações por 10 mil habitantes.

O distrito de Setúbal é o que apresenta a maior taxa de reclamações nas comunicações eletrónicas: 80 por 10 mil habitantes. Por outro lado, a Região Autónoma dos Açores foi a que originou menos reclamações acerca destes serviços (14 reclamações por 10 mil habitantes).

Nos serviços postais, Faro foi o distrito que mais se destacou nas reclamações, com cerca de 65 queixas por 10 mil habitantes. Bragança registou a menor taxa de reclamação, com 12 queixas sobre serviços postais por 10 mil habitantes.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 13h03)