São cinco os plug-ins de software desenvolvidos pela Ericsson, destinados a diferentes utilizações da tecnologia 5G, e, diz a empresa, “facultam uma evolução 5G flexível a redes existentes, melhorando ainda a banda larga móvel, o acesso sem fios fixo e os serviços Internet of Things (IoT) dos operadores”.

Entre os usos práticos destas “inovações 5G”, a Ericsson lista vários processos que requerem elevadas quantidades de transferência de dados, como o vídeo HD em dispositivos móveis, veículos sem condutor, drones com suporte para feedback háptico e até acessos wireless residenciais semelhantes aos de fibra que são comercializados hoje em dia.

Ao trabalhar com 20 dos maiores operadores do mundo no campo do 5G, a Ericsson avança datas concretas: “Em 2019, o LTE vai ser a tecnologia de acesso móvel dominante globalmente e será responsável por 4,3 mil milhões de subscrições até 2021”.

Nesse sentido, eis a forma como a empresa resume os cinco plug-ins 5G baseados em software e apoiados pelo Ericsson Radio System:

- Massive MIMO:  é a combinação de Single-User MIMO (SU-MIMO) e beamforming, suportado por antenas com várias portas direcionáveis. O Massive MIMO melhora tanto a experiência do utilizador como a capacidade e a cobertura da rede, avança a Ericsson.

- Multi-User MIMO: baseia-se no Massive MIMO referido acima para transmitir dados para múltiplos dispositivos pessoais, usando os mesmos recursos de tempo e frequência, e coordenando o beamforming. Reduz interferências, entre outras vantagens.

- RAN Virtualization: recorre a Virtual Network Functions (VNF), centralizadas numa plataforma comum que suporta tanto 4G como 5G, para tentar melhorar a eficiência da rede.

- Intelligent Connectivity: serve para efetuar a ancoragem e direcionamento de dados sempre que existir sobreposição 4G e 5G, baseando-se nos requisitos da aplicação e na disponibilidade dos recursos de rede.

- Latency Reduction: este plug-in destina-se a reduzir os procedimentos de acesso e a modificar a estrutura para permitir acesso à rede e transmissões mais frequentes. Ficam facilitadas as comunicações em tempo real para aplicações 5G como as presentes nos veículos inteligentes, por exemplo.

 

As subscrições 5G terão início em 2020 apenas, mas os responsáveis da Ericsson estão já alerta para as exigências da transição, pois espera-se um ritmo superior ao que aconteceu com o 4G. “O 5G vai basear-se em novos casos de uso que necessitam de uma performance superior, desde carros sempre ligados  à realidade aumentada para cirurgia remota, passando também por filmes multi-K em equipamentos móveis. O 5G vai desbloquear novas aplicações para o consumo e para as diferentes indústrias”, explica Arun Bansal, Vice-Presidente Sénior e Diretor da Business Unit Rádio da Ericsson.

A título de curiosidade, espreite as principais conclusões do mais recente Mobility Report da Ericsson, que prevê que o número de aparelhos IoT conectados cheguem aos 16 mil milhões até 2021.