Um estudo realizado pela Comissão Europeia apurou que a disponibilização de serviços públicos online permitiu aos cidadãos da UE, em 2003, pouparem sete milhões de horas, pelo facto de poderem apresentarem via Internet as suas declarações de impostos. Por utilizador os ganhos em termos de tempo foram em média de 71 minutos.



Não obstante o número registado, o documento estima que caso as ferramentas online fossem colocadas à disposição dos utilizadores de uma forma generalizada para todos os países da UE e para um maior número de serviços, essas poupanças de tempo poderiam ascender a 100 milhões de horas anuais.



No caso da entrega online das declarações de impostos, por exemplo, as poupanças geradas em 2003 foram obtidas à custa de uma utilização do serviço de apenas 5 a 10 por cento dos cidadãos, tomando como referência a Europa dos 15.



No caso das empresas o estudo revela que os esforços de eGovernment dos países comunitários têm permitido poupar 10 euros em cada acerto do IVA efectuado através da Internet.



Mas, também no que respeita a este indicador de poupança, o estudo refere que a disponibilização generalizada do serviço online poderia resultar em poupanças de 0,5 mil milhões de euros a favor das empresas europeias.



O documento sublinha ainda a satisfação dos utilizadores com os serviços já disponibilizados online. Cerca de 90 por cento dos utilizadores mostram-se satisfeitos com a qualidade dos serviços online, sendo que 60 por cento dos inquiridos dizem mesmo estar muito satisfeitos.



Entre os principais benefícios sublinhados pelos inquiridos contam-se as poupanças de tempo e a flexibilidade. Mais de 70 por cento dos inquiridos (77 por cento) sentem-se à vontade para recomendar os serviços online que já utilizaram a outras pessoas.



O estudo visou 48.228 indivíduos, entre empresas e particulares, e menciona também um conjunto de aspectos que podem ser melhorados entre os serviços já disponíveis. Destes aconselha-se maior facilidade de navegação e utilização e sistemas de ajuda online mais eficazes.



Por parte das empresas as principais recomendações vão no sentido de simplificar a organização dos sites, por forma a que seja mais fácil encontrar informação necessária à utilização dos serviços online, assim como aumentar o potencial de poupança destes serviços, face ao mundo offline.



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