As diferenças de género na utilização de serviços de internet móvel estão a diminuir, segundo o mais recente relatório da GSM Association sobre o tema e no último ano a distância entre a taxa de utilização deste tipo de serviços por homens e mulheres passou de 19% para 15%, em países de baixos rendimentos ou com um nível de rendimento médio. Em números absolutos, 112 milhões de mulheres passaram a usar serviços móveis de internet no último ano.

A GSMA congratula-se com os resultados do estudo, mas pede aos Governos mais medidas para continuar a reduzir estas diferenças e começar a preparar um mundo pós-Covid mais igualitário e onde mais gente tenha possibilidade de tirar partido dos benefícios da tecnologia. 

Um dos maiores contributos para a diminuição deste gap veio do sudoeste asiático, onde em 2019 existiam menos 50% de mulheres a usar serviços móveis de internet do que homens. Por oposição, em regiões como a África subsaariana ou a África do Sul, os progressos foram quase inexistentes e o gap entre homens e mulheres fixa-se agora nos 37% e 36%.   

As questões culturais continuam a ser determinantes para manter esta diferença de 234 milhões no número de mulheres e homens que utilizam serviços de internet móvel em países pobres ou em vias de desenvolvimento, a par da falta de literacia e competências digitais. Os preços dos serviços também são relevantes. Mas o que o estudo mostra é que, mesmo em condições equiparadas, há uma propensão maior nos homens para a utilização de internet no móvel, o que reflete desproporcionalidade nos benefícios que uns e outros reconhecem naqueles serviços, conclui o estudo. 

A GSMA tem no terreno, desde 2016, uma iniciativa para combater as desigualdades de género - Connected Women Commitment Initiative. Em 2020 mais 40 países assinaram o compromisso de desenvolver medidas para acelerar a inclusão digital e financeira das mulheres.