A fase principal do leilão do 5G avançou para o seu 199º dia. Nas 12 rondas de hoje, as licitações alcançaram 472,418 milhões de euros, numa subida de 5,865 milhões de euros face ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta num encaixe potencial de 556,769 milhões de euros.
Os mais recentes dados disponibilizados pela Anacom permitem verificar que as mudanças voltam a surgir na categoria J da faixa dos 3,6 GHz, onde hoje há aumentos de 5% em relação às propostas de 12 lotes.
Face ao preço de reserva, todos os lotes da categoria J da faixa dos 3,6 GHz contam com valorizações superiores a 700%, destacando-se o lote J22, cuja valorização se encontra agora nos 750%.
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Recorde-se que a semana passada fechou com críticas vindas do sector das telecomunicações, mas também do Governo à Anacom. Durante o Mobi Summit, Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, afirmou que “além da falta de estratégia", o setor "tem estado sob ataque feroz e injusto, pelo regulador", referindo que a Anacom não conhece o sector, destrói valor, cria leis ilegais e condições assimétricas para a entrada de novos operadores. "Vivemos um momento de verdadeiro desnorte na regulação", enfatizou o responsável.
Já do lado do governo, o Primeiro-ministro António Costa teceu críticas à Anacom, nomeadamente ao modelo concebido pelo regulador para o procedimento, descrevendo-o como o “pior modelo de leilão possível”. Durante um debate parlamentar na Assembleia da República, António Costa afirmou que a longa duração do leilão, que ainda não tem um fim claro à vista, está a atrasar significativamente o desenvolvimento de redes de quinta geração móvel em Portugal.
A propósito das declarações feitas pelo Primeiro Ministro, a NOS defendeu também que o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, deve pedir a demissão, “face aos danos que já causou ao país”, acusando-o de incompetência.
“Se dúvidas ainda restassem sobre a profunda incompetência deste regulador, as graves afirmações hoje produzidas pelo sr. primeiro ministro desfazem-nas por completo. Face aos danos que já causou ao país, e perante esta tomada de posição, não resta outra alternativa ao presidente da Anacom do que apresentar de forma imediata a sua demissão, permitindo desta forma evitar que Portugal seja ainda mais sacrificado do que já foi”, afirmou fonte oficial da NOS.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação (Última atualização: 19h27)
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