Já se sabia que a NOS ia utilizar a tecnologia da Nokia para desenvolver a sua rede 5G Stand Alone (5G SA) em Portugal. Mas foi agora feita a oficialização da parceria da operadora portuguesa com a tecnológica finlandesa para o uso do Core para substituir os sites onde fornece o 5G standard para a nova versão. Já se sabem as principais vantagens desta evolução de rede, nomeadamente a possibilidade de ligações mais rápidas, menor latência e a capacidade de slicing.

A parceria vai permitir à NOS utilizar o modelo de software da Nokia, que é totalmente automatizado e escalável, capacidades de latência ultrabaixas, oferecendo aos clientes novas ofertas de forma segura e à escala, com eficiência operacional avançada. A parceria entre as duas empresas foi selada com um memorando de entendimento para o uso da rede da Nokia como plataforma de código, com uma plataforma que servirá de portal de developer. O acordo vai permitir criar APIs que permitem a outros developers de criar novos programas de software para propósitos de industriais, empresariais e produtos para os consumidores.

5G Stand Alone está quase a chegar, mas terá de ter um smartphone ou equipamento compatível para usufruir
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A Nokia diz que assinou acordos de colaboração com 10 operadores de redes e parceiros do ecossistema para usar a sua plataforma, desde que foi lançada em setembro de 2023. O acordo com a NOS inclui ainda o fornecimento de uma solução escalável conhecida como MantaRay Network Management (antes chamada NetAct) com ferramentas de rede automatizadas para facilitar a monitorização e gestão da rede. A infraestrutura de cloud e rede estarão assentes em routers interconectados Nokia 7220 IXR.

Segundo Jorge Graça, CTO da NOS, “inovação é um pilar da nossa liderança de mercado em 5G e a colaboração com a Nokia provou ser chave no sucesso continuado. Com a introdução do 5G SA da Nokia, podemos monetizar os nossos ativos ao expor as nossas funções de rede e na exploração novas oportunidades de crescimento”.

De recordar que a estratégia da NOS para o 5G assenta em três pilares: velocidade muito elevada, baixa latência/resiliência, que é essencial para serviços críticos; e por fim, o aumento de ligações simultâneas, ideal para as Smart Cities.

O 5G SA permite oferecer uma rede programável baseada em micro-serviços, com funções de raiz que embora sejam possíveis no 5G, permitem disponibilizar os serviços diretamente e de forma mais automática. Tem uma funcionalidade que é a componente de reservar partes da rede para serviços com características especificas (slicing), tais como garantir uma largura de banda a serviços críticos e oferecer uma melhor experiência onde é necessário, como concertos ao vivo e outros eventos. Quando comparado com o 4G, o 5G SA consegue oferecer uma redução de latência em 50%.