Os números mostram que o acesso à banda larga está disponível em 100% do território, tendo em conta todas as tecnologias disponíveis, embora apenas 62% da população usufrua de serviços de banda larga. O valor está um pouco abaixo da média da União Europeia, que fica nos 76%.

Tendo em conta apenas as tecnologias de acesso fixo, a banda larga cobre 97% da população, enquanto as redes de nova geração alcançam 84% do território, muito acima da média da região, que se fixa nos 62%. Nas zonas rurais as redes de nova geração chegam a 36%, indicam ainda os números europeus.



A representatividade destes acessos no universo de utilizadores de banda larga é de 56% e Portugal apresenta-se como um dos países com maior índice de utilizadores com Internet de banda larga com débitos acima dos 100 Mbps. 19% dos internautas com banda larga em Portugal têm ligações acima deste débito, quando na UE a média é de 5,9%.



Boas infraestruturas não se traduzem em competências e hábitos mais digitais

Mas se Portugal brilha na banda larga ultra rápida, surge menos bem na taxa de utilizadores que nunca usaram a Internet. Em Portugal essa é uma realidade para 33% da população, quando a média europeia é de 21%.



Nas competências digitais Portugal também surge abaixo da média. 48% dos trabalhadores portugueses não têm as competências digitais necessárias e 24% não têm competências digitais de todo. Na UE 39% da população ativa tem competências digitais abaixo do necessário e 14% não têm quaisquer competências digitais.



Nas compras online os portugueses também ficam aquém dos europeus, 25% contra 47%, e acontece o mesmo no governo eletrónico, uma área onde Portugal já assumiu lugar de destaque, pela elevada disponibilidade de serviços públicos online, mas que ainda não conseguiu converter em utilização efetiva. Nos últimos 12 meses só 38% da população teve interações com serviços públicos por via eletrónica, para uma média europeia de 41%.

Escrito ao abrigo do novo Acordo
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