Henrique Granadeiro, presidente da Portugal Telecom, afasta qualquer hipótese da empresa vir a aceitar um cenário de co-investimento com outros operadores em redes de nova geração, como tinha sido sugerido na passada quarta-feira pela associação do sector, a Apritel.



Embora caiba ao regulador definir o modelo de desenvolvimento da ou das redes de fibra óptica até casa do cliente que serão desenvolvidas em Portugal, a PT defende que não faz qualquer sentido enveredar por um modelo em que os operadores sejam obrigados a partilhar investimento e a dividir uma mesma rede, sem poderem diferenciar-se pela inovação.



"Acusam-nos de monopólio, mas eles é que estão a tentar criar um monopólio de rede", disse o presidente da PT em declarações ao Jornal de Negócios. "Todos os operadores agora têm rede própria e a proposta da Apritel visa a criação de um monopólio de rede. A PT defende que a concorrência se deve basear em inovação e não num monopólio de rede", acrescenta o responsável.



A Apritel defende que os operadores entrem nesta nova geração de serviços suportados numa modelo de partilha de investimento, que evite o desperdício e que permita aos operadores diferenciarem-se pela competitividade dos serviços, um modelo que pretendem apresentar ao Governo e aos reguladores, procurando influenciar o modelo que será escolhido para Portugal.



Henrique Granadeiro defende ainda que o investimento estimado pela associação, de 1,3 mil milhões de euros para atingir 80 por cento da população em cinco anos, revela falta de conhecimento do mercado, já que só a PT investe anualmente 670 milhões de euros por ano.



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