A PT Comunicações apresentou hoje a solução de IPTV, a última componente assente na oferta triple-play que a empresa liderada por Henrique Granadeiro anunciou no ano passado.



Após o final da implementação dos últimos head-ends na região de Monsanto, em Lisboa, será dado o início à fase de testes da solução. Durante três a quatro meses o novo serviço da PT será experimentado nas regiões de Lisboa, Porto e Castelo Branco e, em Junho, será iniciada a fase comercial do projecto, altura em que cinco mil clientes desas regiões terão oportunidade de experimentar a plataforma.



A solução apresentada hoje permite distribuir televisão sobre uma rede IP, neste caso uma rede de banda larga / xDSL. Para aceder ao serviço será necessário que os clientes instalem o router wireless em casa. A este equipamento serão ligadas as set top box - através de cabo ethernet ou de uma solução sem fios PLC - que transmitem o sinal de TV aos aparelhos e as ligações de Internet. A velocidade de ligação ADSL que suportará este serviço será de 8 Mbits, adiantou Luís Lopes, administrador da PT.Com.



A oferta da PT promete "revolucionar a forma actual de ver televisão", principalmente pela panóplia de funções e possibilidades de funcionamento oferecidas ao utilizador.



Através da plataforma os clientes poderão escolher o que querem assistir, em separado ou simultaneamente, gravar os conteúdos que mais gostam em formato digital, parar a emissão televisiva em directo e retomar no ponto onde ficou, ver a grelha de programação, alugar vídeos de alta-definição, entre muitas outras possibilidades.



O controlo parental é outra das ferramentas que a PT introduz nesta solução, uma vez que permite que os utilizadores bloqueiem programas ou a emissão a partir de determinada hora.



Apesar da solução já ter começado a ser testada em Cabo Verde, Rodrigo Costa, presidente da PT.Com, admite que a fase de integração em Portugal "vem na altura certa, valoriza o know-how da empresa neste segmento [...] e assume-se como um projecto fundamental para o negócio da Portugal Telecom".



O preço de adesão a esta plataforma ainda não está estipulado. Durante o encontro com a imprensa, Rodrigo Costa salientou que o valor associado à adesão e a forma de distribuição da oferta ainda está por decidir. Por enquanto a meta da empresa é testar a solução e verificar a sua capacidade.



Após concluída a fase experimental será então dado início à discussão dos valores associados à distribuição do projecto que, de acordo com o responsável, estarão de acordo com o tipo de oferta e serão competitivos face a outras soluções presentes no mercado.



No mesmo evento, Henrique Granadeiro aproveitou a sua intervenção para esclarecer algumas especulações em torno dos resultados financeiros e de indicadores relacionados com a OPA. Neste sentido, o presidente da PT, referiu que um estudo encomendado pela empresa demonstra que as sinergias associadas à oferta pública de aquisição trarão entre 2,6 e 2,9 mil milhões de euros à Sonaecom.

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