Graças à nova e sofisticada tecnologia de altimetria integrada, já se esperava que o Sentinel-6 Michael Freilich, fornecesse dados excecionalmente precisos no que à monitorização do preocupante aumento do nível das águas na Terra diz respeito. Foi o que aconteceu, e com “grau de distinção”.
Acionado a 30 de novembro, o instrumento Poseidon-4 daquele que será o primeiro satélite da missão Copernicus Sentinel-6 deixou claro o elevado grau das suas capacidades nas primeiras imagens registadas, principalmente em três que estiveram em destaque durante o evento European Space Week.
“Foi possível perceber que o satélite consegue oferecer dados incríveis, graças à arquitetura digital do Poseidon-4 e ao facto de incluir, simultaneamente, pela primeira vez, um modo de processamento de radar de abertura sintética de alta resolução e um modo de convencional de baixa resolução em altimetria”, refere Craig Donlon, um dos cientistas que integra a missão por parte da ESA.
Outra das qualidades sublinhadas foi o muito pouco ruído na informação registada, garantindo que a equipa da EUMETSAT - responsável por operar o Sentinel-6 - tenha dados “extremamente limpos para trabalhar”.
O Sentinel-6 Michael Freilich, da família Copernicus, foi enviado dia 21 de novembro à boleia de um Falcon 9 da SpaceX. A missão resulta da parceria entre a ESA, NASA, NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) e do EUMETSAT e refira-se que também teve colaboração portuguesa através da Critical Software - uma das cinco empresas nacionais contratadas pela ESA para desenvolver, pelo menos, 12 satélites e participar em seis novas missões.
Observando o planeta a uma distância de 1.335 quilómetros, a missão de altimetria deverá registar as medições da altura da superfície do mar até, pelo menos, 2030. Para isso, além do Copernicus Sentinel-6 Michael Freilich, existirá um segundo satélite, o Copernicus Sentinel-6B, com lançamento previsto para 2025.
O sistema vai mapear 95% do oceano livre de gelo da Terra a cada 10 dias, na sua monitorização da altura da superfície das águas, fornecendo também dados importantes sobre as correntes oceânicas, a velocidade do vento e a altura das ondas. A missão vai ainda recolher dados acerca da temperatura e nível de humidade da atmosfera, ajudando a melhorar as previsões do tempo e os modelos climáticos.
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