A mais recente edição do Mobility Report da Ericsson calcula que as subscrições 5G se vão aproximar dos 5,6 mil milhões até ao final de 2029. Excluindo a China, a cobertura 5G passará de 40% no final de 2023 para 80% até ao final de 2029.

Segundo a Ericsson, existem atualmente cerca de 300 fornecedores de serviços de comunicações (CSP, na sigla em inglês) em todo o mundo, dos quais cerca de 50 lançaram serviços 5G Standalone (5G SA). Até 2029, a rede 5G irá representar 60% da totalidade de subscrições móveis.

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Apenas nos primeiros três meses de 2024, somaram-se 160 milhões de novas assinaturas 5G em todo o mundo para um total de 1,7 mil milhões. Até ao final de 2024 deverão registar-se mais 600 milhões.

Quanto ao tráfego de dados da rede móvel, este aumentou 25% entre o final de março de 2023 e o final de março de 2024, na maioria devido à migração de assinantes para serviços de dados de gerações mais avançadas e também graças à utilização de serviços de dados intensos, como vídeos. O tráfego deverá crescer a um ritmo de 20% ao ano até 2029, continua a Ericsson. Em 2023, cerca de um quarto dos dados de rede móvel circularam pelas redes 5G, prevendo-se que represente cerca de 75% em 2029.

A Ericsson antecipa que o 5G se torne na tecnologia de acesso móvel dominante por subscrição antes de 2029. Embora a cobertura da população 5G esteja a crescer, ainda só está implantada em cerca de 25% do mundo, excluindo a China continental. À medida que o 5G amadurece, espera-se que o foco de muitos fornecedores de serviços mude para o desenvolvimento de ofertas de conetividade diferenciadas.

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Relativamente à experiência do utilizador, os dados, disponibilizados por um fornecedor que a Ericsson não nomeia, revelam que 97% de todas as atividades do utilizador em banda média 5G atingiram um “time-to-content” inferior a 1,5 segundos, em comparação com 67% em banda baixa 5G e 38% em 4G (todas as bandas).

A Europa abrandou o ritmo de implementação das novas gerações de redes móveis, inclusive para regiões menos “tecnológicas”. Aproveitar o poder transformacional do 5G passará por mudanças regulatórias e maior colaboração público-privada. O tema foi levado ao palco do 33.º Congresso da APDC, quando especialistas assinalaram a situação crítica da implementação do 5G na Europa, e em particular em Portugal, e sugeriram ações estratégicas para reverter o cenário atual.

Um estudo da Juniper Researsh apontava em janeiro para o mercado de consumo como fonte de alimentação do crescimento do 5G e da faturação associada a estes serviços, que este ano deverão render aos operadores 400 mil milhões de dólares. Mas, para continuar a crescer, é preciso apostar em novos serviços para as empresas, diz estudo.