A Comissão Nacional para a Concorrência, de Espanha, mantém as operadoras Vodafone, Movistar e Orange debaixo de investigação por alegada concertação de preços. Em causa está a subida geral dos preços das chamadas dos 12 para os 15 cêntimos, em Março do ano passado, interpretada como uma possível compensação criada pelas empresas para contornar a legislação relativa ao arredondamento de preços - que impõe a facturação ao segundo -, escreve o diário El Mundo.



Segundo a mesma fonte, a comissão dirigiu um relatório às três empresas com as conclusões iniciais da sua investigação, onde é possível ler que as operadoras envolveram-se numa "prática concertada não permitida" pela Lei de Defesa do Consumidor ao aplicarem novas tarifas em simultâneo.



Contudo, o processo não está terminado e continua a decorrer com base nas denúncias efectuadas pelas associações de defesa dos consumidores, que acusam as operadoras de ganhar mais com os novos preços do que com os tarifários antigos, quando as chamadas eram arredondadas ao minuto e não aos segundos.



Agora, as três operadoras terão duas semanas para apresentar as suas alegações face ao relatório emitido pela comissão. Fontes da Movistar declararam ao El Mundo que as conclusões do regulador são "surpreendentes" até porque "se limitou a adequar as tarifas à lei" e a comunicar aos seus clientes as alterações.



Já a Vodafone, expressou a sua "surpresa" e salientou que o relatório faz referência ao elevado preço da telefonia móvel e faz uma valorização "injusta" da concorrência de um mercado que, no seu entender, é um dos mais competitivos em Espanha.



Por fim, a Orange classifica a considerações da comissão "injustificáveis" e assegura que as suas decisões referentes aos tarifários são aplicadas de forma "autónoma e independente".



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