
Por Luis Pereira (*)
No mundo digital atual, os dados são essenciais na nossa atividade diária e rotinas a que tanto estamos habituados. Usamo-los para tudo, desde a comunicação, entretenimento, recordações e cada vez mais na nossa vida profissional. No entanto, a fragilidade dos nossos dados é frequentemente subestimada.
A perda de dados é uma ameaça real, que pode ocorrer devido a falhas de hardware, erro humano, software malicioso (como ransomware), desastres naturais ou roubo. As consequências da perda de dados podem ser devastadoras, e as suas causas estão em grande parte fora do nosso controlo. Desde a perda de fotos insubstituíveis até ao comprometimento de informações financeiras e a perda de produtividade, pessoal ou profissional. Em alguns casos, pode ainda aumentar a vulnerabilidade a fraudes de identidade.
O Dia Mundial do Backup, que hoje se comemora, é um lembrete crucial da importância de proteger os nossos dados. É um dia para refletir sobre a nossa dependência digital e tomar medidas proativas. A Lei de Murphy ensina-nos que "tudo o que pode correr mal, vai correr mal" e isto aplica-se perfeitamente à perda de dados, mas podemos minimizar os riscos. Mesmo que cada um de nós já tenha o hábito de criar backups regularmente, devemos igualmente aproveitar a oportunidade para rever o nosso processo e confirmar se ainda se adequa aos dados com que hoje lidamos.
A ação mais importante é fazer backups regulares. Isto significa criar cópias dos dados e armazená-las num local separado (unidade externa, cloud, ou ambos). Ao optar por uma unidade externa, devemos escolher um dispositivo fiável e considerar encriptação para maior segurança, especialmente em caso de roubo do mesmo. Por outro lado, ao optar pela cloud, devemos escolher um serviço que confiamos, com boa reputação e fortes medidas de segurança. Independentemente do método, a regularidade é fundamental. Devemos fazer backups com uma frequência que reflita a cadência de criação e atualização que os nossos dados sofrem durante as nossas rotinas habituais.
Além de backups, devemos ainda ter um plano de recuperação. Este plano deve detalhar como restaurar os dados em caso de perda. No entanto, não basta guardar backups e saber como os recuperar efetivamente. É ainda de grande importância realizar testes frequentes de todas as fases, garantindo efetivamente que os backups estão a ser criados e que o plano de recuperação funciona, garantindo assim a integridade dos dados e que os conseguimos recuperar com sucesso.
Felizmente, a tecnologia moderna oferece-nos ferramentas poderosas para simplificar e automatizar este processo. Isto significa que não temos que realizar todos estes processos manualmente, ou construir um processo automático que o faça por nós. Muitos sistemas operativos, aplicações e serviços já incluem funcionalidades de backup automático, bastando apenas configurar o processo com os parâmetros que mais se adequam a cada um de nós.
O Dia Mundial do Backup é um apelo à ação. Fazer backup dos nossos dados é uma das coisas mais importantes que podemos fazer para proteger as nossas informações. Pode ser a diferença entre um pequeno contratempo e uma perda catastrófica. Não devemos deixar que a Lei de Murphy nos apanhe desprevenidos. Devemos investir na segurança dos nossos dados, automatizar os backups sempre que possível, ter um plano de recuperação testado para estarmos descansados sabendo que os dados que utilizamos no nosso dia a dia, e consequentemente as nossas atividades e rotinas estão protegidos.
(*) Diretor Associado de Plataformas e Desenvolvimento de Software na Devoteam Cyber Trust
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