Numa era em que se fala cada vez mais de automação e inteligência artificial (e de tecnologia no geral), a “indústria” dos Recursos Humanos enfrenta novos desafios, que passam por várias mudanças, desde os métodos de recrutamento, ao tipo “exigências” colocadas de um lado e de outro. Mas que tendências marcam a oportunidade de uma empresa contratar talento ou de alguém arranjar emprego? As soft skills em primeiro lugar, de acordo com o mais recente relatório Global Talent Trends do LinkedIn.
Alguns dos números foram esta semana apresentados por Sarah Harmon, coutry manager do LinkedIn para Portugal e Espanha, na conferência da Microsoft Portugal, Building The Future. Mas as tendências estão a mudar muito rapidamente e em muitos casos os postos de trabalho que fazem parte da oferta integram a chamada Gig Economy, onde os profissionais funcionam como freelancers. Flexibilidade, transparência de pagamentos, menos "pressões" fazem parte das tendências que transformam o modo como trabalhamos, mas também o domínio das chamadas soft skills.
O termo soft skills pode ser traduzido de várias formas, nomeadamente como “competências sociais”, relacionando-se com competências humanas como trabalho de equipa, liderança, colaboração, comunicação ou criatividade. Surge por contraposição às chamadas “hard skills”, associadas à engenharia e ciência e àquilo que se ensina. Josh Bersin, analista, diferencia as duas coisas afirmando que “é fácil ‘ensinar’ hard skills, mas as soft skills têm de ser ‘aprendidas’”.
E são as soft skills que surgem como a tendência que mais está a transformar o local de trabalho, apontadas por 91% dos profissionais de RH que participaram no estudo do LinkedIn. Criatividade, persuasão, colaboração, adaptabilidade e gestão de tempo são as mais importantes.
No conjunto de tendências que marcam atualmente a relação entre trabalhadores e entidade empregadora a flexibilidade laboral (72%) - a possibilidade de os funcionários trabalharem em local e altura à escolha - surge em segundo lugar. Os dados do relatório indicam que esta é uma tendência é extremamente importante na definição do futuro do recrutamento e do talento. “As empresas que promovem a flexibilidade no trabalho têm uma enorme vantagem competitiva, o que já está a acontecer: houve um aumento de 78% nos postos de trabalho que mencionam "flexibilidade no local de trabalho", desde 2016.
Igualmente importantes são as práticas anti assédio (71%), seguidas de políticas de transparência salarial (53%).
O 2019 Global Talent Trends foi feito com base num inquérito a mais de 5.000 profissionais de Recursos Humanos, de 35 países, assim como na recolha de informações comportamentais sobre a utilização do LinkedIn e na conversa com especialistas e empregadores como Starbucks, Cisco e Sodexo. Pode aceder a um resumo do estudo a partir deste link.
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