É mais um alerta (e uma crítica) pelo facto de, tanto a Google como os fabricantes de dispositivos móveis, demorarem demasiado tempo a corrigir as vulnerabilidades do Android, desta vez por parte da Check Point.

A empresa de segurança dá exemplos práticos ao apontar que a tecnológica gerida por Tim Cook demorou 10 dias a reparar a falha de segurança Trident, enquanto a gigante fundada por Larry Page precisou de sete meses para acabar com o QuadRooter.

Com uma quota de mercado tão grande, não é de estranhar que os organismos internacionais FTC (Federal Trade Commission) e FCC (Federal Communications Commission) pressionem a Google para que explique porque não lança atualizações de segurança de uma forma mais rápida.

“O ecossistema do Android suporta milhares de modelos e fabricantes de dispositivos, o que facilita aos cibercriminosos a possibilidade de descobrirem vulnerabilidades e dificulta a de desenvolver, testar e distribuir correções” nota .

A Google tem assegurado que está a trabalhar para que as próximas versões do Android sejam mais seguras, nomeadamente na versão 7.0, conhecida como Nougat, que incluirá alterações que permite implementar novas correções de uma forma mais rápida e independente de marcas e fabricantes.

“Além disso, as atualizações críticas serão descarregadas de forma passiva e instaladas automaticamente ao reiniciar o telefone”, explica Eusebio Nieva, diretor técnico da Check Point para Portugal e Espanha.

No entanto, cada nova versão introduzirá, inevitavelmente, novas vulnerabilidades que os hackers podem explorar, alerta o especialista. E além disso, “haverá sempre quem procure por falhas para criar a próxima grande ameaça para dispositivos móveis”, conclui.