Esteve prevista para final de maio, depois junho, mas a aplicação que pretende ajudar a quebrar cadeias de contágio da COVID-19 só deve avançar em julho, ou mesmo agosto. A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias, com declarações de Rui Oliveira, do INESC TEC, que está a liderar o consórcio que está a desenvolver a app STAYAWAY COVID. "Não será por questões técnicas que a app não estará pronta ainda em julho. Depois estará nas mãos da ministra", afirmou Rui Oliveira.
Depois de vários testes que têm sido realizados, e dos quais o SAPO TEK tem vindo a dar conta, esta semana, arranca o projeto-piloto alargado com "alguns milhares de participantes", todos voluntários, escreve a mesma fonte. Apesar de usar a API da Apple e da Google, que foi criada especificamente para ajudar os países a controlar a COVID-19, por enquanto a aplicação só está disponível para smartphones Android, já que a Apple ainda não deu autorização para publicação na App Store para sistemas iOS.
O piloto não deve demorar muito mais de uma semana, como estima Rui Oliveira. "Vamos corrigindo problemas à medida que surjam, mas estou confiante nesta versão", afirmou ao jornal, dizendo que já foi testada "vezes o suficiente" para garantir que funciona como desejado.
De acordo com o responsável do INESC TEC, o piloto servirá sobretudo para perceber como a aplicação funcionará quando for utilizada de forma generalizada.
Autorizações em falta para a app STAYAWAY COVID avançar
Para o lançamento da app não faltam apenas afinamentos técnicos. A CNPD avaliou o relatório de avaliação de impacto sobre a proteção de dados e diz que ainda há elementos que precisão de maior detalhe. Mas há ainda mais passos a garantir antes de lançar a app, que deverá ser a aplicação "oficial" de rastreamento de contactos em Portugal.
Segundo a mesma fonte, falta, por exemplo, criar legislação sem a qual a Comissão Nacional de Proteção de Dados não dará luz verde à aplicação. É ainda necessário que o servidor que ficará instalado nos Serviços Partilhados do Ministério de Saúde seja integrado com o sistema de autenticação utilizado pelos médicos, de forma a garantir que a informação fica sob reserva. Um segundo servidor já está instalado na Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Recorde-se que a integração com a validação de pessoal médico é importante para garantir que os casos identificados como positivos à COVID-19 são reais e não falsos positivos.
Estão ainda em falta testes de integração, escalabilidade, disponibilidade e segurança, bem como a interoperabilidade entre a STAYAWAY e a rede eHealth Network, partilhada por países europeus.
Só depois de todos estes passos cumpridos pode ser marcado o lançamento oficial da aplicação.
A nível mundial já existem várias aplicações de rastreamento de contactos em funcionamento, embora nem todas baseadas nas API da Google e da Apple que são usadas na STAYAWAY COVID. Também na Europa a Alemanha, a Suiça e a Itália estão a disponibilizar aplicações.
A Amnistia Internacional fez uma avaliação a 11 apps de rastreamento de contactos e identificou vários riscos para a privacidade e segurança. Embora não tenha sido avaliada pelos laboratórios da organização, a app portuguesa foi considerada no grupo das menos perigosas por usar as APIs da Google e Apple.
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