O mercado dos smartphones com ecrãs dobráveis ainda está um pouco incerto. A Samsung poderia ser a primeira grande fabricante a lançar um modelo no mercado, mas devido aos problemas revelados nas primeiras unidades de teste, os planos têm sido adiados. A Huawei seria a grande candidata a “mexer as águas” com o seu Mate X, mas os recentes problemas com os Estados Unidos poderá criar alguma destabilização nos planos da gigante chinesa. Existem outras fabricantes interessadas, como a TCL, Lenovo, LG e Motorola, mas não pretendem ser pioneiras.

Ainda que possa chegar “tarde”, a Apple poderá ter também uma palavra a dizer neste novo segmento do mercado e não é a primeira vez que surgem rumores de que estará a produzir a sua visão para dispositivos dobráveis. E agora surge a informação de que recebeu luz verde de uma patente introduzida a 12 de janeiro para um ecrã e capa dobrável para um dispositivo eletrónico. Claro que patentes não confirmam a fabricação de equipamentos, mas o documento da Apple apresenta algumas notas interessantes, sobretudo referindo-se as vantagens dos dispositivos com ecrãs dobráveis.

Segundo a Apple, os smartphones atuais têm ecrãs rígidos ou pelo menos, não flexíveis, por isso as fabricantes necessitam de dobradiças mecânicas para juntar dois ecrãs, e isso já é utilizado nos portáteis e tablets, levando a alguma limitação devido ao tamanho requerido para as respetivas dobras. A Apple pretende investir na investigação de técnicas e dispositivos para equipamentos eletrónicos com capas e ecrãs flexíveis que não tenham as limitações e problemas associados com as soluções tradicionais.

Nesse sentido, o documento revela designs de iPhones e iPads flexíveis, assim como detalha o conceito de como as capas flexíveis têm um papel de assegurar que o resto do equipamento funciona como pretendido, e sobretudo proteger o ecrã debaixo do vidro flexível.

Na proposta da Apple, o seu dispositivo dobrável terá apenas duas dobradiças e três ecrãs de forma a dobrarem-se em forma de “S”, “G” e “U” como pode nos esboços da patente. A fabricante refere que as diferentes áreas dos ecrãs podem ser utilizadas para coisas distintas e que o dispositivo pode ser parcialmente desdobrado para aumentar o tamanho do ecrã.

A patente refere ainda em diversos materiais cerâmicos para os ecrãs dobráveis, incluindo vidro reforçado quimicamente, safira e zircônia. As capas protetoras em vidro e cerâmica são distintas das soluções apresentadas pela Samsung e Huawei, que não utilizam este material. A Apple explica no documento as técnicas de como o vidro teria de ser fabricado para resistir aos movimentos de dobrar o equipamento, mas também como seria a sua superfície agradável para melhorar o seu aspeto e experiência de utilização.