Cumprindo o calendário definido para a missão, a sonda europeia Schiaparelli separou-se ontem da TGO (Trace Gas Orbiter), a componente principal, iniciando a sua descida para Marte, e já realizou o primeiro passo com sucesso: mudar de rota, entrando em órbita e evitando despenhar-se no planeta vermelho.
A ExoMars é uma missão conjunta entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Russa (Roscosmos) e partiu em março para descobrir mais segredos de Marte, com tecnologia portuguesa a bordo. O lançamento foi realizado através do foguetão russo Proton-M, que partiu de Baïkonur, no Cazaquistão.
A separação dos dois módulos foi acompanhada em direto a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), em Darmstadt, na Alemanha, e os cientistas garantiram que os dois componentes estão de boa saúde e prontos para completar a sua missão.
Uma ds principais dúvidas residia na capacidade da sonda Schiaparelli fazer a mudança de órbita depois da separação que se realizou na tarde de ontem. A ESA já deu conta de que essa alteração foi feita com sucesso esta madrugada e, que depois da ignição dos motores durante 1 minuto e 46 segundos, a TGO também já está numa órbita estável.
Ontem o centro de operações tinha perdido a ligação com a TGO, mas a situação já foi resolvida.
Esta é a segunda vez que uma missão europeia tenta aterrar em Marte, que para já foi "conquistado" apenas pelos norte-americanos.
A ExoMars tem também o objetivo de perceber a evolução do planeta vermelho, e a sonda TGO vai tentar detetar vestígios de gases que possam indicar a presença de vida no planeta, mas para 2020 e está prevista uma nova missão com um rover na superfície, capaz de realizar perfurações no solo.
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