A acessibilidade é cada vez mais uma preocupação para o mundo da tecnologia e, embora ainda haja muito caminho a percorrer, ao longo dos últimos anos, têm sido lançadas várias soluções, entre gadgets, equipamentos e projetos, que ambicionam fazer a diferença na vida das pessoas com deficiência.
A questão não ficou esquecida na edição de 2023 da CES. Entre os vencedores do prémio de inovação na categoria de acessibilidade está o Dot Pad, um tablet que transforma imagens e gráficos em representações táteis que podem ser “lidas” com os dedos por pessoas com deficiências visuais.
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O tablet desenvolvido pela sul-coreana Dot Inc. conta com uma grelha principal composta por 2.400 pequenos pontos que se movimentam para representarem formas, assim como letras em braille. O Dot Pad tem suporte a Bluetooth e pode ser emparelhado com um iPhone ou iPad, permitindo a utilização da aplicação Voice Over da Apple.
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Ainda antes de apresentar o Dot Pad, a empresa sul-coreana tinha revelado o Dot Watch, um relógio inteligente que inclui um display em braille. O gadget, com uma autonomia a rondar os cinco dias, também pode ser emparelhado com o smartphone, notificando os utilizadores para chamadas, através de vibrações, e para mensagens, que podem ser lidas através do mostrador.
No mundo dos videojogos, o Project Leonardo da Sony é um novo comando para a PlayStation 5 concebido para pessoas com deficiência. Os botões e sticks podem ser adaptados consoante as necessidades dos utilizadores, para que possam desfrutar da experiência de jogar na consola.
A Microsoft é outra das tecnológicas que têm vindo a apostar nas soluções de acessibilidade. Depois de lançar o Xbox Adaptive Controller e o Surface Adaptive Kit, a empresa lançou um conjunto de acessórios adaptados para utilizadores com condições que impactam a sua mobilidade.
Da coleção fazem parte acessórios sem fios, incluindo um rato adaptado, botões programáveis, um hub de controlo e até um joystick. Os modelos podem ser utilizados com outros acessórios adaptados e modificados com complementos impressos em 3D.
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Já no que toca a equipamentos que combinam tecnologia de acessibilidade e beleza, o sistema HAPTA permite que as pessoas com dificuldades ou deficiências motoras apliquem maquilhagem com maior facilidade. Este sistema, desenvolvido pelo grupo L’Oréal, conta com um acessório magnético com um design ergonómico, que roda a 360 graus e que pode ser flexionado a 180 graus.
A posição do gadget pode ser adaptada consoante as necessidades de quem o usa e há bateria que permite um uso contínuo durante uma hora. Segundo a L’Oréal, o HAPTA será lançado ainda este ano e está já a ser desenvolvida uma versão para pessoas com condições que causam tremores nas mãos.
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Ainda se lembra do Google Glass? O projeto foi perdendo fôlego com o passar do tempo, com a Google a centrar-se mais nas aplicações do gadget para o setor empresarial, mas, “renasceu”, em parte, graças a uma nova iniciativa na área da realidade aumentada.
Os óculos de realidade aumentada que a gigante de Mountain View está a desenvolver vão permitir traduzir conversas em tempo real, projetando legendas nos ecrãs integrados nas lentes. O gadget também poderá ser útil para pessoas com dificuldades ou deficiências auditivas, como pode ver no vídeo que se segue.
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O Project Relate passa por uma aplicação, semelhante ao Google Tradutor, que recorre a motores de reconhecimento de voz e ao assistente digital da tecnológica para ajudar pessoas com dificuldades de comunicação.
A app pode ser treinada para reconhecer as particularidades do discurso dos utilizadores, “traduzindo-o” depois para um formato que poderá ser mais facilmente perceptível por outras pessoas. Embora ainda esteja em modo beta e conte apenas com suporte a inglês, o objetivo é que a app do Project Relate chegue a mais pessoas por todo o mundo.
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Mais recentemente, a Google, Amazon, Apple, Meta e Microsoft juntaram-se à Universidade do Illinois e a entidades sem fins lucrativos para melhorar as tecnologias de reconhecimento de voz. O objetivo do projeto Speech Accessibility é tornar a navegação online mais inclusiva, permitindo que pessoas com condições que afetam a fala
Em paralelo, a Xiaomi está a desenvolver um projeto semelhante, que toma o nome Own My Voice, concebido para pessoas com condições que afetam a forma como falam. O projeto, criado pelo Xiaomi AI Lab, recorre a tecnologia text-to-speech e a algoritmos avançados, dando aos utilizadores a possibilidade de comunicarem.
Os sistemas operativos da Apple têm vindo a ganhar várias funcionalidades de acessibilidade. Com a chegada do iOS 16, a empresa da maçã estreou uma nova opção, chamada Door Detection, que foi feita para ajudar utilizadores com dificuldades ou deficiências visuais a verificarem se as portas que encontram ao seu redor estão abertas ou fechadas.
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Através da funcionalidade Live Captions as pessoas com dificuldades ou deficiências auditivas podem manter-se a par do que está a ser dito numa chamada telefónica, numa videoconferência, numa app de streaming ou até numa conversa face a face.
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