O telescópio Hubble foi “convidado” a olhar com mais pormenor para os braços espirais de Andrómeda, a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância, e mostrou estrelas em formação, ocultas em “jardins cósmicos” brilhantes, que revelam segredos sobre a evolução da galáxia vizinha da Via Láctea.

Também conhecida como M31, Andrómeda é a galáxia principal mais próxima da Via Láctea. Mede aproximadamente 152.000 anos-luz de diâmetro e, com quase a mesma massa da nossa galáxia, um dia vai colidir com ela, mas só daqui a dois a quatro mil milhões de anos.

Como uma galáxia espiral que se preze, os braços sinuosos de Andrómeda são uma de suas características mais notáveis e foi neles que se concentrou o Telescópio Espacial Hubble, num zoom profundo revelador de faixas de gás ionizado. Comuns em galáxias espirais e irregulares, tais regiões indicam frequentemente a presença de formação estelar recente.

“A combinação de berçários estelares e supernovas cria um ambiente dinâmico que estimula o gás hidrogénio em redor, ‘florescendo-o’ num jardim de ‘rosas’ repletas de estrelas, descreve a NASA.

Os cientistas espreitaram os braços espirais de Andrómeda com recurso à Advanced Camera for Surveys (ACS) e à Wide Field Camera 3 (WFC3) do Hubble, para melhor analisarem a coleção de estrelas cravadas nos seus “buquets cósmicos”.

Veja as novas imagens e outras já registadas pelo telescópio Hubble

A extensão do estudo abrangeu uma vasta gama de estrelas, fornecendo não apenas uma visão clara da história e diversidade estelar de Andrómeda, mas também mais insights sobre a formação e evolução estelar em geral.

“Ao examinar essas estrelas na vizinhança cósmica mais próxima, os cientistas podem entender melhor as que integram galáxias no universo distante”, sublinha a NASA.