Em dezembro do ano passado, a missão chinesa Chang’e 4 fez uma descoberta que deixou os cientistas algo perplexos, com o rover Yutu 2 a captar uma imagem de um objeto no horizonte descrito como uma espécie de “cabine alienígena”.

Logo após a descoberta, a equipa responsável pela missão comandou o rover para se dirigir até ao local para ver o que se passava. Embora se estimasse que a viagem tivesse uma duração estimada de dois a três meses, a resposta ao “enigma” chegou mais cedo.

De acordo com o website chinês Our Space, afiliado à agência espacial chinesa (CNSA, na sigla em inglês), que descreve detalhadamente o percurso percorrido pelo rover nas últimas semanas, a “cabine alienígena” é nada mais, nada menos do que um conjunto de rochas lunares.

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Após várias semanas de preparação e de viagem, o Yutu 2 conseguiu chegar perto o suficiente do local onde se encontrava o misterioso “objeto”, que, na verdade, era bem mais pequeno do que se esperava, um fenómeno atribuído à combinação entre a perspetiva captada pelo rover, luz e sombras.

O conjunto de rochas em questão assume uma forma com algumas parecenças com um coelho. Curiosamente, o nome do rover chinês pode ser traduzido para “coelho de jade”. Para assinalarem a descoberta, os cientistas deram à rocha principal o mesmo nome.

O “coelho de jade” não é a única descoberta curiosa do rover Yutu 2. Em setembro de 2019, o rover também fez uma outra descoberta que deixou os investigadores intrigados. Um conjunto de imagens recolhidas revelou a existência de uma substância gelatinosa de cor estranha numa pequena cratera situada no lado mais negro da Lua.

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Mais tarde, em julho de 2020, uma análise mais profunda apresentou uma possível resposta à descoberta, se bem que as conclusões não fossem definitivas, uma vez que a mesma teve algumas limitações. De acordo com um estudo levado a cabo por investigadores da Chinese Academy of Sciences, a substância identificada é o resultado do derretimento de rochas devido ao impacto de meteoritos ou de erupções vulcânicas.