Cada cultura tem os seus costumes, incluindo no que respeita à comida. Em países como o Japão, por exemplo, existem certos pratos que envolvem peixe, marisco ou moluscos vivos.

Os investigadores, que apresentaram as conclusões do seu estudo num artigo científico, afirmam que explorar a relação entre pessoas e o consumo de criaturas vivas pode ser um tópico de estudo interessante. No entanto, a realização de experiências nesta área tem vários desafios técnicos e morais.

Tendo em conta os desafios das investigações sobre os comportamentos de consumo usando criaturas vivas, os cientistas propõem um novo conceito: interação entre humanos e robots comestíveis.

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Embora a ideia de robots comestíveis não seja totalmente nova, os cientistas explicam que os efeitos psicológicos associados ao seu consumo ainda não foram investigados. Para tal, a equipa começou por desenvolver uma estrutura robótica, sobre a qual se encontra uma secção comestível, feita à base de gelatina misturada com sumo de maçã e açúcar.

No interior da secção comestível foram criadas câmaras de ar com recurso a um molde. Um sistema pneumático permite insuflar as câmaras, fazendo com que se mexa, como pode ver no vídeo que se segue.

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A equipa reuniu depois um conjunto de estudantes da Universidade de Osaka para verificar os efeitos do consumo através de duas experiências: uma com robots comestíveis imóveis e outra com robots que se movimentavam.

Ao analisarem as respostas dadas, os investigadores verificaram que os estudantes mostravam mais sentimentos de culpa quando consumiam os robots que se movimentavam.

Os cientistas afirmam que ainda há muito caminho a percorrer nas investigações desta área, mas o estudo realizado poderá abrir novas oportunidades para a análise da interação entre humanos e robots comestíveis.