O novo Conselho foi aprovado na última Assembleia Geral da Agência e vai ter um mandato de cinco anos, sendo constituído por vários especialistas na área. O anúncio do novo órgão consultivo foi feito hoje, no dia em que a Agência Espacial Portuguesa assinala o seu quinto aniversário.
Na constituição do Conselho de Orientação e Estratégia a Agência conta com por Teresa Lago, astrónoma e antiga delegada portuguesa do Observatório Europeu do Sul (ESO), Peter Martinez, diretor executivo da Secure World Foundation, o major-general Filipe Arnaut Moreira, especialista em geopolítica e segurança, Filipe Duarte Santos, professor universitário com vasto currículo na área do ambiente e alterações climáticas, Ana Santos Pinto, diretora executiva do Instituto Português de Relações Internacionais, Rita Sá Machado, diretora-geral da Saúde, e Simonetta de Pipo, professora universitária na área espacial e ex-diretora do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos do Espaço Exterior (UNOOSA).
Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, explica que “desde a primeira hora que a Agência defende que o Espaço está presente em todas as vertentes do nosso dia-a-dia e a escolha dos membros do COE vai ao encontro dessa multidisciplinaridade".
No quinto aniversário da Agência Espacial Portuguesa, Ricardo Conde diz que a organização tem cumprido, desde a primeira hora, a missão que lhe foi atribuída:
“O setor espacial português antecede em mais de duas décadas a criação da Agência, mas é inequívoco que existe um antes e um depois de 18 de março de 2019. Há cinco anos em que trabalhamos diariamente na capacitação da indústria e da academia nacional que estão cada vez mais presentes em missões e projetos internacionais, mas também numa aposta clara nas novas gerações, criando desafios através de competições universitárias únicas ao nível Europeu, impulsionando desta forma também os nossos jovens".
Desde o lançamento da Estratégia Portugal Espaço 2030, em 2018, e da criação da Agência, Portugal ganhou 34 novas empresas e quatro novos centros de investigação. Só em 2023, um ano depois de Portugal ter atingido a sua maior contribuição de sempre para a Agência Espacial Europeia, num valor total de 115 milhões de euros, o investimento público no setor espacial foi de 130 milhões de euros, revela a agência.
O impacto não se traduz não só em rentabilidade financeira, mas também na atração de investimento direto estrangeiro e criação de postos de trabalho, lembra ainda Ricardo Conde. Os números mostram que das 34 novas empresas criadas desde 2019, onze são subsidiárias de empresas internacionais e destas cinco foram registadas em 2023.
Para Ricardo Conde, 2024 será “um ano de confirmação da estratégia lançada em 2018”, prevendo-se o arranque da construção das infraestruturas de apoio ao ponto de retorno e acesso ao espaço em Santa Maria e o lançamento do GeoBUB nacional.
“Estamos a falar de duas áreas absolutamente cruciais para o desenvolvimento do setor espacial não apenas nacional, mas europeu”, afirma o presidente da Agência Espacial Portuguesa.
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