Ontem foi anunciada a criação do Centro Tecnológico e Espacial de Santa Maria, nos Açores. Ricardo Conde, da Agência Espacial Portuguesa, defende que este ponto de acesso ao espaço vai criar o caminho para Portugal se posicionar no ecossistema espacial europeu e garante que os primeiros lançamentos
Foi hoje anunciado a criação do Centro Tecnológico e Espacial de Santa Maria, nos Açores, localizado nos terrenos do antigo Cartódromo de Santa Maria, que é desde hoje propriedade da Agência Espacial Portuguesa. O investimento do ponto de acesso ao espaço é de 3 milhões de euros.
Ainda que condicionado quanto à lotação, a cimeira da aeronáutica volta a realizar-se no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, entre os dias 13 a 17 de outubro. Mas a componente digital veio para ficar e vão ser transmitidos diversos conteúdos do evento.
A LeoLabs mapeia os objetos que ocupam a Órbita Baixa da Terra, como satélites e pedaços de lixo espacial. O investimento nos Açores vai aumentar de 15 mil para 25 mil o número de objetos que consegue monitorizar.
Na próxima década Portugal quer transformar-se num ator relevante do sector espacial europeu. Criar uma indústria em torno dos microssatélites é um dos objetivos, mas há outros e um leque alargado de empresas a trabalhar neles.
Os Açores são uma peça central na estratégia nacional para o Espaço e haverá avanços nos projetos locais em breve. Antes, será conhecida a Agenda Mobilizadora para o Espaço, que enquadra o tema no Plano de Recuperação e Resiliência, conta em entrevista Ricardo Conde, presidente da Portugal Space.
Ao todo, a instituição dispõe de 600 mil euros para distribuir pelas startups portuguesas que estejam interessadas em desenvolver serviços e produtos inspirados no Espaço.
A missão da ESA só está prevista para 2022 e vai penetrar no lado escuro do Universo. As três regiões a observar já estão escolhidas e contam com "olho" português.
Está aberto o concurso para a construção de um porto espacial em Santa Maria. A expectativa é de que os primeiros serviços de lançamento de satélites comecem a operar nos Açores até 2021.
A agência vai ficar operacional até ao fim do mês nos Açores e pretende explorar negócios alternativos, sem competir diretamente com as grandes potências.