A cerca de 52 milhões de anos-luz da Terra, LEDA 42160 é uma das muitas galáxias anãs que abrem caminho através do gás comparativamente denso no massivo aglomerado de galáxias da constelação de Virgem. Com a ajuda do telescópio espacial Hubble percebeu-se que o efeito deste gás intergaláctico, conhecido como “pressão dinâmica”, tem efeitos dramáticos na formação de estrelas também nas galáxias de menor dimensão.
À medida que uma galáxia se move, a “pressão dinâmica” pode retirar-lhe o gás e poeira, reduzindo ou mesmo impedindo a criação de novas estrelas. No entanto, também pode comprimir o gás na galáxia, o que por sua vez tem capacidade para impulsionar a formação de estrelas.
Estudos anteriores mostram que a remoção da pressão dinâmica leva inicialmente à formação de novas estrelas em galáxias maiores e os investigadores quiseram ver se o mesmo se aplica a galáxias mais pequenas, como a LEDA 42160.
Fizeram-no com a ajuda do telescópio Hubble, como parte de um projeto que estudou galáxias anãs submetidas a remoção de pressão dinâmica que fazem parte de grandes aglomerados de galáxias, como acontece na constelação de Virgem.
Na imagem captada pelo Hubble, as manchas brilhantes no flanco inferior direito da LEDA 42160 podem ser regiões de formação estelar estimuladas pela remoção da pressão.
Veja esta e outras imagens captadas pelo telescópio Hubble
As observações feitas pelo telescópio irão ajudar os astrónomos a perceberem os processos que levaram às características assumidas pela pequena galáxia.
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