Depois de Earendel, a estrela mais distante de sempre, ajudada a localizar pelo “velhinho” Hubble, é agora a vez de uma galáxia, a HD-1, roubar tal protagonismo na sua classe, ao ser classificada como o objeto cósmico mais distante de todos os tempos.
A equipa internacional que fez a descoberta, publicada esta quinta-feira na revista da especialidade Astrophysical Journal, coloca a galáxia a mais de 13,5 mil milhões de anos-luz de distância e tece duas teorias sobre a sua existência, baseadas no brilho intenso emanado, visível em UV.
Os investigadores põem a hipótese de a HD-1 ser uma galáxia superpoderosa que está a criar estrelas a uma taxa 10 vezes maior do que uma galáxia normal, em que algumas podem inclusive ser das primeiras estrelas do Universo, conhecidas por brilharem ainda mais em comparação com as outras estrelas.
Também há a possibilidade de a HD-1 ter um buraco negro supermaciço, com uma massa cerca de 100 milhões de vezes a do Sol, a banquetear-se com gás e poeira, um processo violento que cria uma enorme quantidade de luz.
A equipa espera confirmar tanto uma como outra hipótese com a ajuda do novo telescópio espacial James Webb, em órbita desde janeiro e que está preparado para "revelar" as primeiras galáxias e estrelas do Universo.
A HD1 foi descoberta após mais de 1.000 horas de observações com diversos telescópios, incluindo o espacial Spitzer, desativado há dois anos, e o radiotelescópio ALMA, no Chile. A confirmar-se como a galáxia mais distante de sempre, supera o recorde da GN-z11, que está a 13,4 mil milhões de anos-luz da Terra.
No campo das distâncias, recentemente foi descoberta com a ajuda do telescópio espacial Hubble uma estrela pertencente à primeira geração de astros que surgiram logo após a criação do Universo. Earendel, cujo nome em inglês antigo quer dizer “estrela da manhã”, terá existido nos primeiros mil milhões de anos após o Big Bang e está tão distante que a sua luz levou 12,9 mil milhões de anos para chegar à Terra.
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