As Líridas são uma chuva de meteoros que costuma dar espetáculo no céu todos os anos, por volta da segunda semana de abril. O fenómeno tem origem na cauda do cometa C/1861 G1 (Thatcher), descoberto em 1861, que está numa órbita de 422 anos em redor do Sol e não retornará ao sistema solar interno até 2283.

De acordo com dados avançados pela Organização Internacional de Meteoros (IMO, na sigla em inglês) e pela NASA, esta chuva de estrelas de menor intensidade é conhecida pelos seus meteoros velozes e brilhantes, embora não tão rápidos ou abundantes quanto os da chuva de estrelas das Perseidas, em agosto.

A chuva de estrelas, com uma taxa de 10 a 20 meteoros por hora, terá uma maior visibilidade no hemisfério norte. O fenómemo também pode ser observado no hemisfério sul, embora a taxa de meteoros seja menor

Líridas: Chuva de estrelas está de regresso
Líridas: Chuva de estrelas está de regresso Vista da área do céu noturno de onde parecem originar as Líridas, perto da constelação de Lira e da estrela Vega, a estrela mais brilhante desta constelação créditos: Royal Astronomical Society (via Stellarium) | CC BY 4.0

No caso das Líridas, os meteoros não têm tendência para deixar longos rastos luminosos, mas podem gerar, por vezes, “bolas de fogo” à medida que passam pela atmosfera, lembra a Royal Astronomical Society que, num novo vídeo, explica como observar o fenómeno.

Veja o vídeo

Como explica Robert Massey, diretor executivo adjunto da Royal Astronomical Society, não precisa de equipamento especial, como um telescópio, para observar o fenómeno. Basta procurar a constelação da Lira através da sua brilhante estrela Vega e esperar pela chuva de estrelas. 

A NASA lembra que as melhores horas de observação são após o "nascer" da Lua e antes do amanhecer, escolhendo idealmente uma zona mais escura, longe da poluição luminosa das cidades.