A lua gelada Europa é um dos 79 satélites naturais de Júpiter que a NASA ambiciona explorar através da missão Europa Clipper. A agência espacial norte-americana revelou que estabeleceu uma parceria com a SpaceX para o lançamento da missão espacial, num contrato com um valor de 178 milhões de dólares.
Em comunicado a NASA explica que a missão Europa Clipper partirá para o Espaço à “boleia” do Falcon Heavy da empresa de Elon Musk a partir do Kennedy Space Center, na Flórida. Se tudo correr como planeado, o lançamento acontecerá em outubro de 2024.
Inicialmente, e seguindo os apelos do Congresso norte-americano, os planos da NASA envolviam o lançamento da Europa Clipper através do foguetão Space Launch System (SLS) que será utilizado no programa espacial Artemis de regresso à Lua.
No entanto, a vasta maioria da comunidade científica apelava à NASA para que fosse utilizado o Falcon Heavy da SpaceX, uma vez que os custos seriam mais baixos. Em questão estava também a possibilidade de o SLS não estar pronto a tempo do lançamento em 2024, o que poderia adiar toda a missão.
Assim, após um longo período de análise e de discussão, a NASA apercebeu-se que o SLS não seria o veículo mais ideal para levar a missão a cabo. Em declarações ao website Ars Technica, responsáveis da agência deram a conhecer que para preparar o foguetão para este tipo de missão seria necessário investir mais mil milhões de dólares, motivo pelo qual a SpaceX acabou por ser selecionada.
A missão Europa Clipper terá por base as descobertas científicas realizadas anteriormente pelas sondas Galileo e Cassini. Os investigadores acreditam que a lua Europa pode ter um profundo oceano por baixo da sua crosta gelada. O satélite natural poderá ter os “ingredientes” necessários à existência de vida, incluindo água, elementos químicos e uma fonte de calor através do aquecimento de maré, um fenómeno que origina nas forças gravitacionais que lá atuam.
De acordo com os planos da NASA, a sonda da missão fará uma série de aproximações cuidadosas à lua de Júpiter, pois a sua atmosfera magnética pode ter um impacto negativo na tecnologia que transporta.
A sonda levará consigo uma série de instrumentos: de máquinas fotográficas e espectómetros, os quais vão permitir obter imagens de alta resolução da superfície do satélite natural, a um magnetrómetro para medir a força e a direção do campo magnético de Europa.
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