Há cinco anos, os investigadores da NASA deparam-se com uma jovem galáxia na constelação de Cassiopeia, a cerca de 500 milhões de anos-luz da Terra. A agência espacial decidiu dar uma “vista de olhos” mais aprofundada e fez uma descoberta curiosa: a galáxia tem um aspeto muito parecido a um dos TIE Fighters usados pelo Exército Imperial de Darth Vader na saga Star Wars.
A agência espacial explica que, em 2015, os investigadores detetaram a galáxia batizada como TXS 0128+554 através do Fermi Gamma-ray Space Telescope e verificaram que era uma fonte, se bem que não muito forte, de raios gama.
Depois da descoberta feita através do telescópio espacial, os cientistas recorreram à Very Long Baseline Array (VLBA), uma rede internacional de antenas de rádio, para mapear o seu formato ao longo do tempo, ampliando as imagens obtidas um milhão de vezes.
“Da primeira vez que vi os resultados, pensei imediatamente que a galáxia era muito parecida às naves TIE Fighter de Darth Vader do episódio IV de Star Wars. Foi uma surpresa divertida”, afirma Matthew Lister, professor de física e astronomia da Universidade de Purdue, no Estado norte-americano do Indiana.
Os resultados da nova investigação, recém-publicados na revista científica The Astrophysical Journal, dão a conhecer que no centro da TXS 0128+554 está um buraco negro supermassivo, cuja massa é mil milhões de vezes superior à do Sol.
Os cientistas classificam a galáxia como ativa, o que significa que emite uma quantidade de luz extra muito mais forte do que é aquela que é providenciada por todas as suas estrelas. A energia emitida inclui radiofrequências, assim como raios-x e gama. Acredita-se que as emissões surgem das regiões que estão mais perto do buraco negro.
A descoberta feita através da VLBA ajudou os investigadores da NASA a perceber que o formato da galáxia muda tendo em conta a radiofrequência utilizada. Só ao ser observada a partir de 6,6 GHz é que a TXS 0128+554 assume uma forma semelhante a um TIE Fighter.
“Esta galáxia lembra-nos da importância das observações com múltiplos comprimentos de onda”, sublinha Elizabeth Hays, cientista do projeto Fermi no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA. A investigadora indica que cada descoberta feita através do telescópio especial de raios gama ou através da VLBA acrescenta uma nova peça ao “puzzle” que está a ser construído, revelando múltiplas surpresas pelo caminho.
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