O primeiro módulo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) foi lançado para o Espaço há 25 anos. A estação já começou a mostrar a sua idade e, no ano passado, a NASA decidiu que seria desativada em 2030. O processo afigura-se complicado e poderá ter um custo avultado para a agência espacial norte-americana.
Como avança o website Scientific American, ao longo dos próximos meses, a NASA vai avaliar propostas de veículos capazes de ajudar na desativação da ISS, um processo onde espera gastar perto de mil milhões de dólares.
Ainda em março deste ano, na proposta de orçamento para 2024 apresentada à Casa Branca, a agência pedia 180 milhões de dólares para o desenvolvimento de um veículo espacial norte-americano concebido para desativar a ISS de forma segura.
Embora a agência não tenha apresentado mais detalhes acerca do orçamento para a totalidade do projeto de “destruição” da ISS, Kathy Lueders, administradora associada da NASA para a Exploração e Operações Humanas, referiu durante uma conferência que as estimativas rondavam a marca de mil milhões de dólares, noticiou o website SpaceNews.
Em setembro, a agência sinalizou que estava pronta para receber propostas da indústria para o veículo, que levará ainda alguns anos para desenvolver, testar e certificar.
A NASA lembra que os Estados Unidos, Japão, Canadá e países que participam na Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), comprometeram-se a operar a ISS até 2023, com a Rússia a deixar o seu compromisso, pelo menos, até 2028. “A desativação segura da Estação Espacial Internacional é uma responsabilidade partilhada das cinco agências espaciais”, realça.
Como detalhado anteriormente nos planos da agência, ISS não se vai transformar em mais um “fantasma” a vaguear pelo Espaço. O objetivo é que regresse à Terra, com uma queda planeada dos destroços no Oceano Pacífico, num ponto conhecido como Point Nemo.
Os planos preliminares avançados pela NASA e parceiros previam a implementação de uma estratégia que passava pelo uso de múltiplas naves Progress da agência espacial russa (Roscosmos) para apoiar as operações de desativação da ISS.
No entanto, a agência acabou por escolher uma estratégia diferente, que recorre apenas a um veículo espacial. Embora não mencione os motivos que a levaram a fazer esta escolha, acredita-se que as tensões com a Rússia após o estalar da guerra na Ucrânia, assim como os múltiplos incidentes registados com no módulo russo, assim como nas suas cápsulas e naves, tiveram “peso” na decisão.
O futuro da "destruição" da ISS ainda é incerto, mas ao longo dos próximos anos, espera-se que a estação continue a ser palco para um vasto conjunto de experiências científicas espaciais e uma casa temporária para várias missões de astronautas.
Recorde-se que, nos últimos 25 anos, a ISS foi a morada de mais de 270 astronautas, com espaço para múltiplas experiências científicas e ainda mais fotos “orbitais”. Na galeria que se segue pode recordar alguns dos momentos mais importantes da história da estação.
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