O Sol está num pico máximo de atividade do seu ciclo de 11 anos e registou, há dias, uma forte ejeção de massa coronal. As partículas resultantes geraram uma tempestade geomagnética “severa” que está a atingir a Terra, segundo o alerta da Administração para o Oceano e a Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) norte-americana.

O fenómeno foi classificado como de nível G4 - numa escala que começa em G1 e termina em G5, o nível mais grave -, levando o organismo a notificar "os operadores de infraestruturas que possam ser afetadas para mitigar possíveis impactos", nomeadamente na operação de satélites e GPS. Para o público em geral, não há motivos de preocupação, mas há espetáculo.

A consequência positiva da tempestade solar intensa registada é que pode criar auroras boreais e austrais mais fortes e visíveis em partes do mundo onde costumam ser menos habituais.

Ambos os tipos de aurora são mais comumente vistos perto dos polos magnéticos, no norte do Canadá e na costa da Antártida. Os polos magnéticos flutuam e não são iguais aos polos geográficos. Quanto mais severa a tempestade, mais longe dos polos aparecem as auroras.

No hemisfério norte, as previsões são de que o fenómeno possa ser visível na noite desta segunda-feira no sul e centro-oeste dos EUA e no norte da Grã-Bretanha. No hemisfério sul, a aurora austral pode ser visível no sul da Austrália.

Enquanto não há registos novos, veja na galeria as belíssimas imagens destacadas no Northern Lights Photographer of the Year 2023.

O reluzente espetáculo acontece na mesma noite que um eclipse lunar penumbral, que será visível em todo o mundo. Tudo isto – auroras e eclipse - desde que as condições atmosféricas o permitam.