A Iberlim e a JPM Industry desenvolveram, em colaboração com o INESC-TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, uma nova solução robótica autónoma e inteligente com capacidade para operar várias torres de desinfeção através de raios ultravioleta C (UV-C).

O robot Zhello apresenta-se assim como uma tecnologia que ajuda no combate a doenças infeciosas causadas por bactérias, vírus (incluindo o SARS-COV-2) e outros microrganismos. De acordo com as empresas, o robot apresenta uma eficácia de inativação de agentes patogénicos até 99,99%, sendo descrita como uma solução de “implementação simples, funcional, automática e integrada”.

O robot português está equipado com unidades rebocáveis de desinfeção de superfícies, permitindo reduzir custos, uma vez que podem ser acopladas várias unidades a um único dispositivo.

Em comunicado, Nuno Albernaz, administrador da Iberlim, explica que o Zhello é uma “solução robótica com elevada autonomia e portabilidade” que “pode ser operada em horários que não colidam com o normal funcionamento das instalações”, permitindo ainda o “seu transporte entre vários edifícios”. O responsável indica que o robot “pode ser operado por qualquer pessoa, sem necessidade de formação técnica, através de uma aplicação instalada num simples tablet.

Robot de desinfeção Zhello
Robot de desinfeção Zhello

Através do Zhello é possível programar diferentes rotas e rotinas de desinfeção e, como uma solução de robótica multifuncional AMR (Autonomous Mobile Robot), pode ser utilizado na logística hospitalar em áreas como o transporte de roupas e de refeições.

Segundo os criadores, o sistema recorre a tecnologias evolutivas baseadas em laser scanners de segurança de modo a que consiga localizar-se e navegar por um ambiente de forma autónoma. A torre e o robot comunicam entre si através de um layer físico ótico infravermelho, assegurando uma ligação entre componentes mesmo quando não estão disponíveis redes Wi-Fi.

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Graças a um sistema que desativa a radiação assim que é detetada a presença de alguém, o equipamento não apresenta riscos de contaminação ou de exposição à radiação para as pessoas. O sistema não requer também o transporte e manuseio de agentes tóxicos ou corrosivos.

Para identificar a presença de pessoas ao seu redor e desabilitar a radiação UV-C na presença das mesmas o sistema usa tecnologia de reconhecimento de imagem, recorrendo a algoritmos de inteligência artificial de identificação de seres humanos, assim como a sensores de infravermelhos passivos que detetam movimento.

O projeto do robô português envolveu uma equipa de cerca de 30 pessoas, representando um investimento de cerca de quase meio milhão de euros. Através da parceria com a JPM, a Iberlim aposta também na internacionalização do Zhello.