A Waymo, pertencente à Google, foi a primeira empresa a arrancar com serviço de passageiros em veículos autónomos, mesmo que numa primeira fase tenha a obrigação de ter um “motorista” ao volante, para garantir total segurança. Quando o serviço arrancou em dezembro, na cidade de Phoenix, no Arizona, Estados Unidos, o principal entrave era exatamente convencer as pessoas que a tecnologia era segura, não só para os passageiros, como outros veículos a circular nas estradas, prevendo-se um longo processo de maturação.

Infelizmente, as coisas não estão a correr bem à Waymo, e além da manifestada preocupação, alguns habitantes passaram à ação de sabotagem aos veículos autónomos. Segundo o New York Times, um jovem de 20 anos terá cortado os pneus com uma faca de um modelo Chrysler, enquanto este estava parado num cruzamento. O caso não foi isolado, havendo registo de mais de uma dezena de ataques semelhantes na povoação de Chandler, nos arredores de Phoenix.

Para além dos ataques aos veículos, com o arremesso de pedras, houve tentativas de agressão do condutor de segurança, seja com o uso de tubos ou de forma verbal. Há também relatos de tentativas de empurrar os veículos autónomos para fora da estrada. Para além de alegaram a falta de segurança, os habitantes têm-se manifestado pelo “roubo” de empregos.

O caso mais grave terá sido um homem que apontou uma pistola ao “motorista” da Waymo, com acusações pela morte de uma mulher em Tempe, ainda que o incidente fatal tenha envolvido um veículo da Uber.

A empresa tem mantido a calma, apenas participando as agressões à polícia em situações mais violentas, embora as tenha registado em vídeo, com as câmaras instaladas nos carros. A Wayno defende que estes ataques são provenientes de um grupo restrito de pessoas, e não da opinião geral dos habitantes do Arizona. As autoridades das povoações do Arizona estão ao lado da empresa, reforçando a vontade de manter a tecnologia. É o caso de Rob Antoniak, CEO do metropolitano de Valley, que referiu numa mensagem no Twitter que os ataques individuais não devem desmotivar o futuro dos sistemas de transporte da cidade.