Ainda não foi anunciado oficialmente a terceira geração do Meta Quest, o headset de realidade virtual da empresa liderada por Mark Zuckerberg, mas já existem relatos baseados na experimentação do seu protótipo, conhecido como nome de código “Eureka”. A avaliar por esta versão, o headset promete ser mais leve que o seu antecessor, mas também mais fino, sendo adicionada a funcionalidade de vídeo pass-through, ou seja, a capacidade de ver o mundo real sem a necessidade de retirar o equipamento. Esta funcionalidade está presente no Quest 2 mas também no sistema PS VR2 da Sony.

Segundo refere Mark Gurman da Bloomberg, que teve acesso ao protótipo, a Meta e a Apple podem competir pelo mercado de headsets de realidade mista, embora a dona do Facebook aposte no segmento de entrada, tornando os seus equipamentos mais acessíveis, enquanto que a marca da maçã deverá apontar a uma experiência topo de gama. Tudo indica que a Apple possa meter as suas cartas na mesa na próxima semana, dia 5 de junho, durante a conferência WWDC23, revelando um headset com um preço acima dos 3.000 dólares. As notícias de que a Apple possa entrar no mercado em breve até terá motivado a uma parceria entre a Meta e a Magic Leap.

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A Meta apenas deverá anunciar oficialmente o Quest 3 em outubro, mas pela experiência do protótipo, poderá ser mais confortável de utilização. Este utiliza tecido nas laterais para segurar na cabeça, sendo mais resistente que o plástico utilizado na geração anterior. Já a parte frontal do equipamento foi remodelado, introduzindo três sensores verticais em forma de pílula. Os sensores laterais incluem o sistema de câmara para o pass-through do sinal de vídeo, transmitindo ao utilizador o mundo ao seu redor. E o sinal é feito a cores, ajudado pelo sensor de profundida ao meio, numa estreia da tecnologia na série Quest.

Ainda no que diz respeito à configuração do headset, os lados inferiores da parte da frente têm câmara de rastreio. Há um interruptor para o volume, assim como uma roda para ajustar a distância entre as pupilas dos olhos, tal como o PS VR2. Por fim, a entrada USB-C e o botão de energia mantêm-se no lado do headset.

Em termos de performance, Mark Gurman diz que o novo headset é mais rápido e que o sistema de pass-throught é uma grande melhoria, permitindo, por exemplo, atender uma chamada de telemóvel sem retirar o visor. O processador de segunda geração da Qualcomm, o Snapdragon XR2 é apontado como um grande upgrade ao headset.

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No entanto, parece pecar por não oferecer rastreamento de rosto e ocular, que o seu irmão Quest Pro oferece. Este sistema é importante para ajudar o periférico na prioridade de processamento de imagens que o utilizador está a ver, tudo o resto passa a segundo plano, poupando-se dessa forma recursos de hardware.

Ainda não se sabe o preço apontado ao Meta Quest 3, mas o próprio Mark Zuckerberg já tinha dado pistas sobre um valor entre 300 a 500 dólares, um preço ainda assim um pouco acima do atual Quest 2. O objetivo é manter o equipamento mais acessível e procurar conquistar cada vez mais utilizadores para a estratégia do seu metaverso.